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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Segurança pública de trânsito é contemplada em livro

O jornalista J. Pedro Corrêa lança na Unisul sua nova obra “Cultura de Segurança no Trânsito – Casos brasileiros”

Bianca Queda

Com um olhar profundo, cabelos brancos e precisão na fala, J.Pedro Corrêa embalou o restrito público na fria noite de quarta-feira 26 de julho, no auditório da Unisul, unidade Dib Mussi . Na ocasião, J.Pedro mergulhou o auditório ali presente dentro do universo notável de seu novo livro “ Cultura de Segurança no Trânsito – Casos brasileiros” . Amante da comunicação e apaixonado pelas relações públicas, o jornalista é um especialista, desde que abraçou a causa do trânsito em 1987, em comunicação sobre segurança no trânsito.

O autor trabalhou por quatro anos na Rádio Suíça, ministrou mais de 300 palestras sobre o tema, além de ser um dos idealizadores do Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito, elementos que deram a ele credibilidade para compor a obra. O escrito conta com 247 páginas, dividas em 7 capítulos. O material publicado possui uma longa pesquisa, que reúne projetos de leis, entrevistas com pessoas da área, reportagens das grandes mídias e gráficos estatísticos relacionado ao tema.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Inflação volta aos palanques

Recentes acontecimentos ampliam as dúvidas sobre o tamanho do fôlego da economia brasileira

Bianca Queda 

Após a inicial expectativa otimista para 2013, a inflação volta aos palanques e a economia brasileira aparenta começar a patinar. Além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter acumulado alta de 1,94% de janeiro a março deste ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve também uma queda de 0,52% no índice de atividade calculado pelo Banco Central (IBC-Br) em fevereiro.

terça-feira, 9 de abril de 2013

12 horas em Miami

Um recorte latino inserido no território americano torna a cidade culturalmente híbrida

Bianca Queda

Certo como o nascer do sol ao leste, as manhã equatoriais de Miami são sempre agradáveis, com temperatura amena e vento leve. Ainda mais para a pequena camada privilegiada que vive em Miami Beach. Às 8h já se nota que uma pequena fila de trânsito começa a formar nas ruas, com carros de última linha. O veículo mais popular parado no insignificante tráfego é o modelo New Beetle da Volkswagen. Ao redor das movimentadas avenidas, que diferente do Brasil são construídas com concreto, há vários cafés.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Má codificação da mensagem

Interpretação errônea do discurso da Presidente Dilma Rousseff traz pressão de baixa sobre o futuro do mercado de juros

Bianca Queda


Interpretar um discurso falado pode ser produtivo quando se pensa nas experimentações da língua. Porém, destacar ou discutir, com a mais próxima exatidão, as palavras que se ouviu ou viu, mesmo que dentro de um contexto aceitável, pode não ser tão simples assim.

terça-feira, 5 de março de 2013

Cantora prodígio

Soprano e com voz de mulherão, Jackie Evancho, não faz as pessoas pensarem que estão ouvindo uma menininha

Com menos de um metro e meio de altura, olhos azuis e cachos dourados, Jackie Evancho, parece que saiu de um filme de desenho animado da Disney. Cativante, sorridente e angelical, a menina de apenas 12 anos vem encantando a todos com seu vozeirão de mulher, cantando "Classical Crossover", o estilo de cantoras como Hayley Westenra e Sarah Brightman.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Harlem Shake, é difícil de explicar e fácil de dançar

Dança originalmente etíope eclodiu na internet e vem conquistando o mundo inteiro por sua bizarrice

Uma dança no mínimo curiosa, The Shake Harlem, tornou-se febre na internet no último mês, devido à sua batida eletrônica com uma mulher falando em espanhol “Con los terrorista” e uma voz grave anunciando “Then do the Harlem Shake”. A música foi lançada há quase nove meses pelo artista Baauer, que usou como sample a canção “Miller Time” do grupo norte-americano de hip hop Plastic Little, e se manteve na obscuridade todo esse tempo, caindo agora no gosto dos internautas de plantão. Assim desencadeando um fenômeno mundial com pessoas fantasiadas ou mascaradas dançando bizarramente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Antigo diário

Pequeno, pautado, costurado ou encadernado, que menina nunca teve um diário?

O maior confidente de uma mulher é aquele que guarda todos os seus segredos calado, sem emitir pitaco ou opinião. Tão famoso no século passado, o diário não é apenas aquele que pacientemente atura todas as magoas e ilusões, mas também esconde os mais profundos sentimentos dentro de páginas borradas. As conversas mais íntimas são dialogadas dentro das brochuras que reúnem todo o âmago de um ser.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Locomotiva de Luxo

Os trilhos que percorremos em nossa vida nos levam a lugares inesperados como o passeio de trem de Curitiba a Morretes

O passeio que começa na capital paranaense e desemboca na aconchegante cidade de Morretes, é feito pelo único trem de luxo do Brasil, Great Brazil Express. A locomotiva é restrita a apenas dois elegantes vagões, que comportam 22 pessoas cada.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A delicadeza da verdade

A tênue linha entre verdade e ficção no jornalismo

Nas primeiras disciplinas do curso de jornalismo os professores ressaltam a necessidade de os estudantes terem compromisso com a verdade, pois é de suma importância ao desenvolvimento da carreira jornalística. Porém, a linha entre a verdade e a ficção é muito tênue. Para alguns escritores, não existe verdade, apenas pontos de vista. Foi diante dessa questão que abordei o conceito no artigo “A verdade é manca, mas sempre chega a tempo”, pois sua concepção é muito ampla e pessoal.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

De mãos beijadas

Fatos históricos explicam o porquê somos o pacífico povo brasileiro

É comum ouvirmos que o povo brasileiro é pacífico, que somos uma nação que só pensa em samba e futebol, ao contrário dos europeus que toda semana saem às ruas protestando por qualquer motivo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A verdade é manca, mas sempre chega a tempo

Após uma década de renome, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito o político mais corrupto de 2012

A palavra verdade pode ter vários significados, desde estar de acordo com os fatos e a realidade, ou ainda, ser fiel às origens ou a um padrão. Conceitos mais antigos abarcam a verdade como aquilo que é possivelmente real dentro de um sistema de valores. Em sua formação, um jornalista aprende que a verdade é sempre um ponto de vista, pois uma história nunca é contada fielmente como aconteceu.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A rua mais falada do Paraná

A avenida central com passeio largo carece ter vida própria porque se encontra fechada à lembrança e ao esquecimento de uma rua que já viveu seus dias de glória. Seu conto perdido e esquecido pelas pedras da calçada branca suja, da cor do desgaste e da poeira do tempo. Não tem o brilho que se identificava com o sentimento que se esvaiu e o cansaço de tanto ser pisada ao longo de cinco décadas, e neste período todo não foi mais renovada ou fruto de atenção.


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sentimentos que engordam

Pesquisa mostra que a maioria da população brasileira acredita que 2013 será de prosperidade econômica mesmo em meios de prognósticos preocupantes


Todo começo de ano desperta excessivos sentimentos positivos nas pessoas e cada uma delas ingere uma disposição para encarar as coisas pelo seu lado bom. Elas começam a esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis.

Esses sentimentos otimistas e esperançosos tornam-se aguçados, e acabamos por consumir mais comoção do que nosso organismo necessita, e este excedente fica armazenado em nosso corpo, causando uma sensação segura, apesar de desesperadora.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dossiê Estopim - A Gestão Colaborativa Corrupta

Para você continuar sem entender esse libertino sítio construído a base da deformação gradual do conceito de irreverência e ironia

De origem remota, a palavra corrupção vem do latim corruptus, cujo significado é quebrado em pedaços, relativo a ideia de ação ou efeito de corromper. Toda a gestão pública tem suas redes de escândalos, e com o Estopim, não poderia ser diferente. Com viés de veículo alternativo, a equipe composta por colaboradores varreu muito sujeira para dentro do tapete, e para fora também nesses 365 dias de publicação.

Desde o pré-projeto desse famigerado veículo até a data de seu aniversário, raras vezes houve transparência em sua administração. Não que bilhões de dólares sumiram e ninguém soube o paradeiro do dinheiro, desviado aos bolsos dos diretores estopinianos. A obscuridade ocorre dentro das decisões importantes, que sempre são maquinadas maquiavelicamente por duas ou três pessoas da direção.

O caráter colaborativo teoricamente democrático foi uma utopia factual dentro das gestões. O que teria sido um jornal da 2 fase da turma de jornalismo da Unisul 2011.1, virou uma patota composta por cinco pseudos colunistas que iriam escrever sobre temas específicos. E assim começa nosso primeiro golpe e a elitização do Estopim.

No decorrer do tempo, as preocupações eram a expansão da equipe e fixação do nome Estopim, logo o primeiro tapete, de muitos, foi puxado. Nomes foram jogados na roda e convites secretos foram feitos aos potenciais escritores, alguns recusados outros não. Nesta fase os poucos leitores que liam o Estopim não sabiam que cara na A Patota teria no dia amanhã.

Passado a influência da expansão marítima realizada pelos países europeus no início do século XV, os estopinianos caminhavam rumo a colonização, nosso norteador era formar um público alvo para que pudéssemos cultiva-los com nossos textos ruins e de baixa qualidade. Cada vez que procurávamos uma tribo, um clã ou até uma quadrilha que se tornassem leitores de carteirinha do Estopim nos afundávamos em textos cada vez mais detestáveis. Nem nós mesmos mais líamos nossas porcarias, nosso único “público alvo” era a mãe do Adilson.

Brigas internas, contradições ideológicas e a cara que o Estopim nunca teve, levou a primeira explosão .Altas temperaturas e uma grande liberação de energia foram despendidas para resolver problemas internos que culminou na detonação da formação original da patota.

A essência estopiniana deu um giro de 180 graus, de Marte a Vênus, com novos integrantes começou um novo tempo para blog. Postando alguns textos bons e outros nem tantos, a diretoria conseguiu levar as publicações diárias equilibrando o nível de qualidade dos textos, perdendo em uns, ganhando em outros. A Patota foi se reconstruindo conforme os integrantes que não se encaixam no perfil do Estopim se dissolviam.

Mas como tudo acontece ao contrário nesse famigerado sítio, depois da calmaria, veio a tempestade. Com o intuito de se diferenciar dos canais de comunicação social, ou pelo menos tentar, os desbravadores estopinianos somaram novas tecnologias e métodos de comunicação, para dinamizar as postagens.

Planos de voo, que vem e vão, em vão, e destarte sonhos antigos saem do papel para uma nova etapa de divulgação, a saída do eletrônico para o papel. Contra – tempos aparecem por causos pessoais e o Estopim fica desfalcado.

A consequência ? A dupla aliança foi quebrada, com o primeiro golpe de Estado declarado. Contrariando a normalidade da ordem vigente e não correspondendo aos interesses da maioria, o golpe foi imposto violentamente apenas com o consentimento dos fundadores.

Literalmente como um empurrão o golpe de estado transformou-se em um Putsch, no português claro, o tiro saiu pela culatra e tudo acabou em pizza. Corruptelas aos trancos e barrancos, o Estopim se construiu em cima da deformação gradual do conceito de irreverencia e ironia, pela má compreensão ou reprodução da ideia de seus integrantes. 

Falecidos, renascidos ou ativos essa semana podem comemorar o aniversário do libertino jornal alternativo, que sem seguir uma linha editorial ou um código de ética tem a corrupção presente em sua administração como a típica gestão pública ou empresarial brasileira. O Estopim é corrupto, a gestão colaborativa é corrupta, os integrantes são corruptos, como Theodor W. Adorno e Max Horkheimer constaram nos anos 50 : O mundo é corrupto.

Crédito da ilustração: Gessony Pawlick Jr.
Bianca Queda

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Cúpula das Amé[L]ias

Neste domingo, o que era para ter sido um encontro comercial para o desenvolvimento dos países da América, foi simplesmente um chá da tarde entre madames. A 6ª Cúpula das Américas, que terminou em Cartagena, reforçou as divergências que existem entre os latino-americanos e os EUA.

A primeira Cúpula das Américas foi realizada em nove de dezembro de 1994,e foi criada com o objetivo de estabelecer acordos que facilitam o Comércio para todos os países americanos, exceto Cuba, que segundo os Estados Unidos, a ilha tentaria derrubar todos os planos e projetos da ALCA em seu país. Portanto, há oito anos o país socialista - ou pseudo-socialista, é excluído das decisões comerciais da América Latina com os EUA e Canadá.

Por conta disso, os países "inteligentíssimos" da América Latina, perderam a oportunidade de resolver questões de aumento de comércio e de maior cooperação entre os países da região, para ficar brigando por assuntos completamente ultrapassados, como a participação de Cuba nos próximos encontros regionais, e o apoio à Argentina, que reivindica a soberania sobre as Ilhas Malvinas. 

A hora é agora para as sociedades latino-americanas se reinventarem e se fortalecerem, a Espanha está levando a Europa para o fundo do poço, o mundo vive uma crise, o capitalismo está dando seus primeiros sinais de fiasco. A Cúpula das Américas deveria focar em seu objetivo principal que é firmar acordos comercias, e não barrar uma reunião por causa de Cuba ou por causa das Malvinas.

A Argentina não pode paralisar um continente esperando que os EUA mude sua posição diplomática com a Inglaterra. Ilusão da Presidente Cristina Kirchner, pensar que haveria concessão, e mais ainda descortês e infantil de sua parte em sair mais cedo do encontro batendo as tamancas.

A questão do narcotráfico, nem se quer foi discutida devidamente, por causa desses caprichos e piçarras entre os países. Eles se deram o luxo de deixar de lado um problema social que já matou quase 50 mil pessoas no México. 

Velhas rixas e falta de análise racional, encerram a Cúpula sem que os presidentes assinassem a declaração final, devido a divergência de ideias entre os países da América. A fogueira de vaidades transformou a Cúpula das Américas no chá das cinco das Amélias.


Bianca Queda

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A consciência dos dois lados

No começo desta semana, a Presidente Dilma Rousseff teve seu terceiro encontro, desde que assumiu o cargo de chefe de estado, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Na visita, Dilma assinou acordos bilaterais durante os dois dias de viagem a Washington, discutiu temas mundiais e até intimou o presidente americano com relação à Cúpula das Américas.

Os dois presidentes se comprometeram a aumentar a cooperação para que os brasileiros possam ir aos EUA sem visto territorial americano, facilitando a entrada no país, já que nós estamos gastando cada vez mais com a alta de 250% de consumo no começo deste ano. Obama estendeu essa cooperação entre os países, criando dois novos consolados americanos em Belo Horizonte e Porto Alegre.

Os líderes discutiram também temas globais como situação do Oriente Médio, porém, não houve discussão específica sobre o Irã, afinal, os países tomam posições divergentes a respeito desse assunto. Sobre os tópicos da Cúpula das Américas, a presidente comunicou que será a última fez que a Cúpula acontecerá sem a participação de Cuba, pois todos os países da América Latina têm relações comerciais com a ilha, e sua presença se faz necessária.

Dilma criticou a política econômica que os países ricos estão adotando perante a crise mundial, pois os países do hemisfério norte estão inundando o mercado de dólares e valorizando a moeda local dos países em desenvolvimento, como o Brasil, prejudicando as exportações, principalmente com os EUA, que desde 2003, já vem diminuindo a demanda de produtos brasileiros. Isso é consequência da péssima política do ex-presidente Lula com o mercado americano que custou o déficit da balança comercial em relação aos EUA, maiores consumidores do globo e que, agora a presidente Dilma tenta retomar com grande dificuldade, como foi perceptível que não houve nenhum entrosamento sincero na parte pública do encontro.

A agenda poderia ter sido mais incrementada, por mais que a presidente tenha visitado as universidades de Harvard e a sede do MIT- Massachussets Institute of Technology, dois centros de excelência em ensino - por coincidência, chefiados por mulheres, para apresentar o programa “Ciência sem Fronteiras”. O cancelamento docontrato com a Embraer, no valor de US$ 355 milhões, para fornecimento de 20 aviões do modelo Super Tucano, nem se quer foi mencionado, e isto, é um assunto de tamanha importância para o Brasil, e não poderia ter sido ignorado da maneira que foi.

Mas, entre mortos e feridos, brasileiros e americanos se saíram bem, alguns analistas dizem que a visita foi pragmática, outros, que era apenas uma visita de cotidiano. Os dois governos avaliaram o encontro como positivo. Em semana pós-páscoa, acredito que os brasileiros possam ficar aliviados de não termos trocado coelho por lebre nos EUA.

Bianca Queda

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Moda consciente

Nos dias atuais, se pensarmos que tudo acontece tão rápido, e o imediatismo virou constante em nossas vidas, podemos perceber como coleções entram e saem das prateleiras de uma maneira veloz, o consumidor mal teve tempo de curtir a compra do mês passado que as grandes marcas já vêm com novidades. E ainda por cima com preços e pagamentos acessíveis, logo, a influência sobre os compradores é tão forte, que ocorre fast moda, isto é, descarte rápido das roupas.

Por conta disso, muitas peças são jogadas fora todos os anos, conforme uma pesquisa realizada pela EPA - Agência de Proteção ao Meio Ambiente Americana, só em 2010, foram jogadas fora quase 9 mil toneladas de roupas e sapatos. É um impacto muito grande para o bolso de qualquer consumidor e mais ainda para o meio ambiente, que vem sofrendo constantes agressões com esse novo estilo de vida que a sociedade moderna está levando.

"Moda consciente para mim é o uso de tecidos de fios naturais, sem tintura química, o uso de roupas de segunda mão. Por que gastar energia produzindo novos tecidos, energia produzindo novas roupas? O processo de tinturaria é muito poluente, e fios sintéticos também são poluentes, então para que causar esse dano a natureza se podemos transformar roupas velhas em novas? Você não precisa de 50 sapatos, precisa de no máximo 10. E assim vai salvando o planeta", explica a publicitária de moda da hhBrasil, Débora Regina.

A solução de consumir roupas de segunda mão, foi uma das ideias mais conscientes que apareceram no último século. A Alemanha tem essa área muito desenvolvida, assim como em São Francisco (EUA) e nos países nórdicos. No Brasil, ainda estamos caminhando para que esse processo ocorra, atualmente existem dois tipos de público brasileiro que procuram os brechós.

"Públicos alternativos, pessoas ligadas à cultura e ao consumo sustentável, esses procuram os brechós que têm peças vintage (de época) que têm peças transformadas, (customizadas) pessoas que tem um conceito por trás desse consumo. Existe aqueles que compram em brechó de igreja, de bazar beneficente, esses consumidores são pessoas de baixa renda, que procuram roupas usadas a preço de R$ 1 ou R$ 2. São públicos totalmente diferentes, assim como os brechós em cada caso são totalmente diferentes. Os outros são lojas organizadas, ou brechós virtuais, diz Débora Regina.

Esse consumo possibilita que o cliente possa adquirir peças elegantes de coleções antigas ou então levar uma roupa fashion de marca por preços razoáveis. As peças VINTAGE- anos 20, 30, 40, 50 e retrôs - anos 70 e 80, tornam os brechós realmente interessantes. E para os consumidores que valorizam as marcas, e não têm condições financeiras para comprá-las novas, os brechós também oferecem roupas atuais de marcas famosas e caras da alta costura.



"É uma experiência muito boa poder trabalhar com sustentabilidade de uma nova maneira, e a reação dos clientes estão sendo surpreendentes, porque além da economia cada indivíduo pode fazer sua contribuição para o planeta preservando-o para as próximas gerações", afirma a consultora de moda, Marta Cavalcante.



O sistema de moda é bastante capitalista e nada sustentável, será muito difícil sair desse modelo padrão. Porémm, com a escassez dos recursos naturais isso acabará mudando.
"Não acredito que isto (modelo padrão da mão) se transformará da noite para o dia, é um modelo que já vem estruturado desde os anos 50, com a Channel e tudo mais. Será um processo longo e dificultoso, mas creio que acontecerá", ressalta Marta Cavalcante.
 
O mundo está cada vez mais ligado à sustentabilidade, todas as áreas estão passando por reciclagem. Nesse novo modelo de consumo, o cliente economiza e sai com a consciência ecológica limpa. É vida nova para a roupa velha.

Crédito das imagens: Débora Regina
Bianca Queda

quarta-feira, 21 de março de 2012

Motorista graduado

Ganhar o sustento transportando pessoas em micro ônibus não é fácil e é assim que Vilmar José Jacob, de 42 anos ganha a vida há uma década "Esse é meu ganha pão. Assim , não adianta a gente estar chorando toda hora, estar com cara ruim, porque daí mais vale o cara fazer de tudo para tentar ficar um pouco rindo né?! Pior é ficar chorando pelos cantos igual a mulherada aí".

De origem portuguesa, Vilmar com seus tratos açorianos, estatura baixa sobrancelhas grossas, cabelos pretos, rosto marcado pelo tempo, prefere ser motorista de fretado universitário "Trabalhar de segunda a sexta é bom o que custa são os dias inúteis, trabalhei quatro meses com criança e não gostei, é muita responsabilidade" característico manezinho da ilha tem sotaque rápido e arrastado que já vem desde os tempos de infância quando morava numa fazenda em Biguaçu.

Possui um veículo passageiro Marcopolo Vollare W9, cor prata, adquirido há quatro anos, leva e traz estudantes da Unisul. Sua ferramenta de trabalho tem lugar para 32 passageiros, poltronas cinzas gastas, cortinas vermelhas, TV LCD, ar condicionado e recentemente luz negra.

O trajeto diário de Florianópolis - Palhoça é desgastante com buzinas, freadas e palavrões. O motorista opta por não se desgastar no trânsito "Eu tento fazer de tudo para não brigar com ninguém, mas tem vezes que dá vontade de parar o carro e encher a pessoa de pau". Aventureiro, José tem que achar maneiras de fuga para o congestionamento, nunca se prende a apenas uma rota "A chuva faz a gente descobrir novos caminhos, eu não sei o nome das ruas, mas todo o semestre tenho que mudar o roteiro, é sempre assim, hoje é aqu,i amanhã é lá".

Vilmar é famoso por sua risada inconfundível, conhecida pelos passageiros do fretado e colegas de profissão "A risada do Vilma parece com a do scooby dôo" observa a estudante de direito,Aline. O motorista tem orgulho de sua marca "Minha risada é famosa e registrada"

Crédito das fotos: Bianca Queda
Bianca Queda

quarta-feira, 14 de março de 2012

A vida dupla de uma universitária

Sou estudante universitária há um ano da Unisul,e recentemente me tornei também aluna na UFSC. Por coincidência, nas duas estudo no bloco B, talvez pela semelhança de jornalismo e letras-espanhol, cursos pertencentes a área de comunicação.
A vida dentro de dois campos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais é uma jornada estudantil dupla, como se cada uma complementasse as angústias e frustrações que se entrelaçam formando um único desejo: mudança.
Trago pontos que nosso caro estopiniano Contin já havia retratado, a falta de infraestrutura do nosso bloco B da Pedra Branca: falta de sabonetes nos banheiros, buracos e poças d’água aos montes no estacionamento, um ventilador ultrapassado e reservas de data show.Tudo porque falta participação e iniciativa dos estudantes em busca de melhorias. Afinal, somos nós que pagamos as mensalidades em dia e nossos investimentos não podem ser revertidos para arrumar pequenas deficiências no bloco que conviveremos nos próximos três anos?

No outro bloco B, do lado oposto da cidade, temos comodidades que o governo oferece, como ar condicionado, sabonetes e datas shows em todas as salas, mas foram benefícios que os alunos de expressão que não se imprimiram exigiram os direitos deles. E nós, unisulnianos, nos contentamos com ventilador de teto e picadas de mosquitos como cortesia.
Outro ponto que entrelaço é o choque de cultura tecnológica entre os blocos B, na UFSC a sugestão e/ou intimação é que não se utilize notebooks, tablets nem smartphone durante as aulas. Os professores não estão habituados com as novas tecnologias e pelo o que me parece não têm interesse em se integrar, o próprio Moodle - sistema de apoio digital aos alunos, é tão pouco conhecido e usado, a minoria dos professores incentivam esse meio, colocando tutorias, propondo atividades fora da sala de aula.
Já na Unisul logo na primeira fase a maioria dos professores nos habituou com as novas tecnologias, desde o Izidoro professor supertecnológico à Josefina que se esforçou bastante com o EVA - Espaço Virtual de Aprendizagem. Não adianta termos professores qualificados se a universidade peca na infraestrutura e os alunos são acomodados. Caso entrelaçasse a capacitação dos professores do bloco B da Pedra Branca com a estrutura e atitude dos alunos do bloco B da federal, certamente as mudanças fluíriam.
Comum mesmo dentro dos dois conjuntos de salas universitárias é a participação bombástica do DCE. Tanto em letras quanto em jornalismo a recepção dos calouros e veteranos foi para falar de festa. Os alunos que participam do centro acadêmico estudantil estão se equivocando nas incumbências, pensam que a função deles é serem promoters universitários. Organizando festas e eventos sociais para tornar a faculdade mais lounge.
A central de cópias é outro setor acadêmico que precisava ser revisto por ambas as Instituições, afinal em pleno século XXI com toda a conscientização de ecologia que temos os professores deveriam economizar ao máximo de número de folhas de papel utilizadas, e incentivar a tramitação de documentos em meio digital, o mundo está em degradação, se nas próprias instituições de ensino não tiver uma conscientização, de pouco adiantará o jornalismo ecológico.
Não quero e nem ouso fazer uma comparação entre as duas Intuições, afinal falamos de uma Universidade Pública com direitos privados e uma Universidade Pública do governo federal. São mundos diferentes, a proposta foi entrelaçar a vivência de uma estudante em dois meios acadêmicos, com suas frustrações e angústias estudantis. Uma não é melhor nem pior que a outra, não busquemos os erros, mas nos espelhemos em acertos.
Bianca Queda

quarta-feira, 7 de março de 2012

As coisas não são como parecem

Carros blindados, tropas de choque, homens fardados. As aparências enganam. O que neste domingo parecia uma rotineira operação do exército, com imprensa a tira colo, foi na verdade um treinamento de militares para missão de paz no Haiti, com estudantes de jornalismo da Unisul e da UFSC, simulando a imprensa internacional.

 O objetivo do treinamento é preparar os soldados para as eleições de prefeito e governador que acontecerão esse ano no Haiti. Os militares simularam possíveis incidentes que poderão ocorrer nas zonais eleitores, como boca de urna, denúncia de venda/compras de votos, coação de eleitores, invasões e manifestações.

Assim, foram preparados 15 escolas na Palhoça, para serem o que chamam no Haiti de Voting Center, que para nós são os colégios eleitorais, soldados foram colocados a postos, e um incidente poderia acontecer em qualquer uma das escolas, nem os cabos, nem os aspirantes a jornalista sabiam o que enfrentariam.

Em situações como essa, de eleições em outro país o exército brasileiro só faz a segurança externa, ajudando a polícia haitiana, coletam as urnas após o encerramento da votação, garantindo que o material chegue em segurança sem ser violado, assim entregando para a comissão eleitoral do Haiti fazer a contagem manual das cédulas de papel.

A simulação começou às 8h com os soldados na escolta das urnas. Dentro dos possíveis incidentes, ocorreu apenas um no Voting Center nº15, aonde os soldados tiveram de controlar uma manifestação, de oito civis haitianos que gritavam “ Ale La Cay”. Os soldados reagiram com falso spray de pimenta e alguns fictícios tiros de calibre 32. A pseudo operação teve algumas falhas, pois os soldados se atrapalharam com a movimentação dos jornalistas, os militares dispararam mais do que o permitido contra os civis. No final, o general-de-brigada da 14º Brigada de Infantaria – Décio dos Santos, passou ofeedback para os peacekeeper.

Até dia 16 de Março, os militares serão treinados para outras situações de rotina no Haiti, como organização de trânsito e guarda de autoridades. Os alunos do curso de jornalismo ainda estarão atuando juntamente com o exército, uma breve coletiva ainda está para ser agendada.

O major Ortolano que estava no comando conta que sabe que os problemas que eles irão enfrentar no Haiti serão mais delicados, porém, o treinamento é ótimo para os soldados terem uma boa noção de como proceder. Enfatiza que a participação dos estudantes foi fundamental para a simulação. Os alunos foram divididos em grupos: rádio, TV, fotografia, impresso, todas as mídias foram desenvolvidas. O que parecia uma missão oficial, que chamou a atenção de curiosos que pensaram que era alguma ação militar para procurar fugitivos, surpreendeu a todos, afinal nada ali era real.


















Crédito das imagens: Gessony Pawlick Jr.
Bianca Queda