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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A rua mais falada do Paraná

A avenida central com passeio largo carece ter vida própria porque se encontra fechada à lembrança e ao esquecimento de uma rua que já viveu seus dias de glória. Seu conto perdido e esquecido pelas pedras da calçada branca suja, da cor do desgaste e da poeira do tempo. Não tem o brilho que se identificava com o sentimento que se esvaiu e o cansaço de tanto ser pisada ao longo de cinco décadas, e neste período todo não foi mais renovada ou fruto de atenção.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Outro Lado da Ceia de Natal

“Hoje cheguei junto a meus irmãos a um sitio bem bacana aqui na região da Grande Florianópolis. O lugar é belíssimo, o espaço é bastante extenso, a variedade de animais é bastante grande, porém há uma história aqui me preocupando bastante.

Há cerca de um ano, e nos anos anteriores, sempre nessa época famílias como a minha chegam neste mesmo local. 

Dizem que por um tempo tudo são flores e rosas, corremos de um lado para o outro, nos fartamos de vários alimentos e convivemos com os outros, que são bastante diferentes. O tempo vai passando e nós vamos ficando cada vez mais gordos, até que um dia, os donos do sítio vem até nós, para nos cobrar pela estadia e pelos alimentos, mas eles não querem trabalho ou dinheiro, eles correm para nos pegar um a um e nos assassinam, sim meus amigos, ASSASSINATO, este crime horripilante e vocês sabem por quê? Para de uma forma desumana, nos transformar em diferentes tipos de comida e nos servirem em suas mesas, na ceia de natal.

Há boatos que até existem certos humanos que não partilham destes atos, seriam os tais Vegans e Vegetarianos, mas enfim, eu e meus familiares estamos planejando a fuga, torçam por nós, esperamos obter sucesso, mas caso isso não ocorra, a menos tenha bom senso de comemorar e aproveitar as festas com suas famílias e amigos, para que a morte de vários familiares meus, tenha valido a pena.”

Peru Gluglu

Até 2013

Deixo nesta última coluna de 2012 para o estopim, uma dica de receita para os aventureiros das cozinhas. Em minha cozinha avistei um abacaxi e unindo o útil ao agradável:

Peru Assado com Abacaxi Temperado

Ingredientes
Meia cebola ralada
Meia colher de adoçante culinário 
2 dentes de alho espremidos
2 colheres (sopa) de shoyu light 
1 colher (chá) de páprica picante
1 colher (chá) de alecrim picado
1 colher (sopa) de cheiro-verde picado
Sal a gosto
1 abacaxi médio em fatias 
1 peito de peru temperado

Modo de Preparo
Misture a cebola, o adoçante, o alho, o shoyu, a páprica picante, o alecrim, o cheiro-verde e o sal. Besunte as fatias de abacaxi. Reserve. Coloque em uma assadeira o peito de peru, cubra com papel alumínio e leve ao forno preaquecido em temperatura média alta por 50 minutos. Retire o alumínio e coloque as fatias de abacaxi temperado ao redor do peito de peru. Volte para o forno e deixe até que o termômetro pule. Retire a redinha que envolve o peru, fatie e sirva com o abacaxi assado.

Rendimento: 8 porções

Boas festas leitores e até o ano que vem quem sabe, afinal 21-12-2012 está logo aí.

Leonardo Santos

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Alguns informes de Contin

Só para abrir bem a postagem, coelhinhas no Salão,
imagem referente a última nota
Eleições em Florianópolis

Candidato derrotado à Prefeitura de Florianópolis, Gean Loureiro, ganha pontos junto à população ao agradecer emoutdoors, àqueles que confiaram em seu projeto político, ainda que não tenha sido vitorioso. Nada mais justo que o reconhecimento do candidato que seu projeto não era pessoal, mas coletivo, e que não teria chegado até onde chegou se estivesse sozinho. Vereadores eleitos, como o recordista de votos Tiago Silva, e não eleitos, como Beatriz Cardoso – que ficou na primeira suplência de sua coligação -, também tiveram a delicadeza de agradecer a seus correligionários e apoiadores em anúncios e outdoors. Teve candidato que soube usar muito bem as redes sociais na hora de pedir votos, mas quando constatou que perdeu, não teve a mesma habilidade para agradecer aos que confiaram em seu projeto.

Não tem algo errado?

Lei Municipal de autoria do vereador Dalmo Meneses proíbe a utilização de aparelhos celulares dentro de agências bancárias em Florianópolis. A proibição vale, inclusive, para quem queira apenas conferir a hora em seu aparelho. Agências da capital têm cumprido à risca esta lei, mas não demonstram o mesmo entusiasmo em cumprir outra lei, a que determina que o cliente deva permanecer no máximo 20 minutos na fila para pagamentos e transações bancárias.

Woodstock é aqui!

A maresia proveniente dos cigarros de maconha no Parque de Coqueiros Domingo à noite não foi capaz de espantar famílias inteiras para o show gratuito dos Paralamas do Sucesso, com abertura da banda Dazaranha. O clima no local era, literalmente, de paz e amor. Todas as tribos reunidas sobre o gramado à beira-mar de Coqueiros. Cenário de filme, jamais visto na região, merece bis.
Paralamas em Coqueiros
Faltam vagas na Unisul

Neste ano a Unisul aumentou a oferta de cursos e, consequentemente, o número de alunos, no campus Pedra Branca. O problema é que ela não se preocupou em aumentar, na mesma proporção, o número de vagas de estacionamento para alunos e visitantes. Quem chega depois das 19:10h, pena um bocado para conseguir uma vaga.

As verdadeiras estrelas do Salão

Preta Gil no Salão
Fechadas as portas do 27° Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, a organização do evento constatou que o número de visitantes deste ano (748.733 pessoas) foi 0,3% menor que a edição de 2010 (o evento é bienal). A estrutura do local, o Anhembi, é limitada: falta espaço para mais visitantes, expositores e o ar condicionado inexiste – há relatos de pessoas que tenham passado mal devido ao calor no pavilhão. Para chamar a atenção do público neste ano, as montadoras usaram e abusaram da presença de celebridades em seus stands. A Chevrolet apresentou um show por noite, com nomes que vão de Preta Gil, Maria Gadú a Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial. A Fiat apostou na turma do Pânico e na dupla de coelhinhas da Playboy, que fazia caras e bocas nas fotos com os visitantes. E a Renault apostou nos lutadores Anderson Silva, Rodrigo Minotauro a Wanderlei Silva, garotos propaganda de um dos veículos da marca francesa. Os carros foram apenas um detalhe a parte nos stands.

Crédito das fotos: Leonardo Contin da Costa
Leonardo Contin da Costa

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Era uma vez...

Um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada... ♫ ( err... não é isso)

Imaginemos todos os clássicos contos infantis, que ouvimos, lemos ou assistimos as adaptações a La Disney, jogue todos no liquidificador e veja o resultado, o mundo dos seriados americanos basicamente nos trouxe isto, que fica conhecido por “Once Upon a Time” (Era Uma Vez...)

Esta série teve sua estreia no ano passado, mais precisamente em 23 de outubro na ABC e no Brasil apenas em 12 de Abril deste ano, legendada na FOX , seu sucesso ao menos na primeira temporada, torna-se evidente uma vez que sua primeira temporada teve pedido de mais episódios passando de 13, comum de séries estreantes, para 22, séries que apresentam um maior número de audiência. 

De qualquer forma, Once Upon A Time, apresenta inicialmente o casamento de Branca de Neve e o seu Príncipe Encantado, porém sua amável madrasta adentra ao castelo e ameaça todos os convidados e os noivos. O tempo passa e Branca de Neve engravida, na esperança de saber se a criança ficará bem, ela e seu marido vão falar com alguém que vê o futuro, é aí que ingressa na história Rumpelstiltskin, que alerta-os de que a maldição proferida pela Rainha ocorrerá, que todos os que habitam no reino serão enviados para um local onde ficarão presos, num lugar sem magia, em que o tempo não irá passar, todos perderão tudo que amam, não haverão mais finais felizes e a única salvação para eles seria a filha de Branca e Encantado, que aos 28 anos, retornaria para iniciar a última guerra contra as trevas. A maldição realmente é lançada, porém antes, a pequena menina é enviada para o mundo real sozinha, através de um portal mágico em uma árvore encantada, quanto aos outros que viviam no reino são enviados através da maldição para Storybrooke, uma cidade que tem todos os problemas que Rumpelstiltskin citou, além disso agora ele é conhecido pro Mr. Gold, Branca de Neve é Mary Margareth, Principe Encantado é David e a rainha é Regina prefeita do local, além de ter um filho adotivo Henry, que é na verdade o neto de Branca de Neve, ele possui um livro com o mesmo nome da série e acredita em cada pequeno detalhe do livro, ao contrário do povo, que por não lembrar de suas vidas passadas, exceção para Gold e Regina, não acreditam no garoto. Os moradores de Storybrooke não conseguem ultrapassar os limites da cidade. Porém Henry, por não ser um cidadão da Floresta Encantada, obtém sucesso em sair e parti em busca de sua mãe biológica Emma Swan, e ele consegue trazê-la. Em busca de se aproximar do filho, ela acaba decidindo por ficar ali e é aí que o relógio da torre volta a funcionar fazendo o tempo voltar a passar em Storybrooke.

O seriado tem um inicio que pode ser encarado de forma tediosa por muitos, porém se for fã das clássicas histórias de felizes para sempre, uma grande dose de interesse pode ser despertada com o passar dos episódios. A cada episódio vamos descobrindo as conexões entre os personagens no mundo de conto de fadas e suas novas vidas no mundo real. Este seriado já encontra-se em sua segunda temporada e minha opinião pessoal é de que vale a pena conferir, deixo-lhes um trailer da série:

Leonardo Santos

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os voadores irritadinhos

Nos tempos atuais, dificilmente você encontrará alguém com um smarthphone que não esteja repleto de jogos para entretenimento, utilizados geralmente para diminuir o tempo nas viagens de ônibus, filas de bancos e diversas outras situações do dia a dia. E dentre estes jogos, o mais comum é “Angry Birds”.
Angry Birds é um jogo de ação desenvolvido pela Rovio Mobile da Finlândia, no qual o jogador utiliza um estilingue para lançar vários tipos de pássaros contra os terríveis porcos verdes, que anteriormente roubaram seus ovos. Dispostos em estruturas constituídas de vários materiais, em todos os níveis é necessário eliminar todos os porcos do cenário. E para controlar os pássaros, o jogador dispõe de um estilingue que permite lança-los diretamente sobre os porcos ou sobre as estruturas, as quais ao serem destruídas geram pontos ao jogador.

No início, o pássaro vermelho, que é o mais básico de todos, é o único disponível. Ao longo da história é possível desbloquear novos pássaros, alguns possuem vantagem para destruir determinado elemento, outros possuem características únicas e uma habilidade, que é ativada tocando na tela enquanto o pássaro voa. Como por exemplo, existe um pequeno pássaro azul que pode se separar em três, um pássaro preto que pode explodir, o pássaro amarelo pode acelerar e o pássaro branco pode soltar ovos explosivos. Os porcos também possuem as suas diferenças, mais precisamente, no tamanho. Enquanto os porcos pequenos podem ser destruídos por simples detritos, os maiores possuem mais resistência a estes detritos, além de que em algumas fases do jogo, também existem capacetes que protegem os porcos.

O sucesso é tanto que ele hoje já está disponível para iOS, BlackBerry PlayBook, PC, PSP, PlayStation 3, PSVita,Mac OS X, Android, WebOS, Maemo, Symbian^3, uma versão para o navegador Chrome, do Google e para as redes sociais Google+ e Facebook. Além disso, vestuários, réplicas e pelúcias dos personagens são comercializados por todo o mundo, se tornando numa franquia. Além do padrão é possível baixar e jogar também nas edições: Angry Birds Seasons, este que traz atualizações frequentemente nas lojas de aplicativos, além de novos pássaros, mundos e fases; Angry Birds Rio, que muda um pouco as coisas e é inspirado no filme Rio, aqui ao invés de matar os porcos, você libera pássaros do contrabando; E também Angry Birds Space, que traz os heróis e vilões na velha disputa pelos ovos, só que agora em outros planetas. No começo do mês foi anunciado também que o game terá mais uma edição, denominada de Angry Birds: Star Wars, inspirada no clássico filme espacial, esta edição deve ser lançada no dia 8 de novembro.
Em suma, é um jogo que vai prender sua atenção durante um tempo e conforme a dificuldade aumenta, passa a incomodar de uma forma que você poderá abandona-lo, mas num dia qualquer, em momento de bobeira, você acabará voltando.

Leonardo Santos

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A relação entre a literatura e o cinema:

A importância e os melhores exemplos de adaptações de livros para os cinemas 

A literatura e o cinema sempre estiveram ligados, principalmente com as adaptações que já provaram por A + B que dá muito certo. Muitos dizem que os livros sempre serão melhores que as versões cinematográficas, mas a verdade é que algumas das melhores obras do cinema foram baseadas em livros e as pessoas talvez nem percebam. A verdade é que as adaptações são maneiras diferentes de contar uma história e são essenciais para a criatividade artística. 

A literatura e o cinema são formas de arte e de expressão que se completam. O próprio roteiro do filme é um formato literário adaptado para as filmagens posteriores. Algumas pessoas condenam as adaptações de livros para o cinema, que os filmes nunca contarão a história com os mesmos detalhes e complexidade das palavras contidas no livro e que é uma espécie de “falta de criatividade” dos idealizadores do filme. Eu discordo totalmente, inclusive, penso o contrário: é preciso muita criatividade e perfeccionismo para fazer uma adaptação que seja tão boa quanto o livro, por isso, admiro os cineastas quando vejo que um filme que gosto é adaptado de um livro. 

Alguns exemplos interessantes de adaptações de livros para o cinema vem de autores mais antigos e consagrados. “O Corvo” de Edgar Allan Poe foi retratado no cinema recentemente (e foi um fracasso de crítica e bilheteria), mas existe uma adaptação homônima de 1963 que é mais satírica e surreal, bem interessante e surpreendente. Pouca gente conhece, mas “O Corvo” foi um dos primeiros filmes de Jack Nicholson. A história fala sobre dos bruxos que duelam pela supremacia da magia (os dois bruxos em questão são nada mais, nada menos que Vincent Price e Boris Karloff). Já dá pra perceber que por mais que seja uma adaptação, não tem muito a ver com o conto original. A liberdade criativa e o bom humor fazem dessa obra um tanto diferente, até estranha, mas ainda sim, muito boa. 

Outra autora consagrada com adaptações no cinema é Agatha Christie. A criadora de personagens como Hercule Poirot e Miss Marple possui algumas obras bem interessantes retratadas nos filmes. Talvez a mais conhecida seja “O Expresso do Meio Oriente”, o livro de 1934 foi adaptado nos cinemas em 1974 com o mesmo título. O filme foi dirigido pelo excelente Sidney Lumet com várias estrelas no elenco, como Albert Finney (como o detetive belga Poirot), Ingrid Bergman, Anthony Perkins (o eterno Norman Bates de “Psicose”), Sean Connery, Vanessa Redgrave, entre outros. 

O livro/filme fala de um assassinato no Orient Express, no qual Poirot embarcou por acaso, e agora todos os passageiros são suspeitos de terem cometido o crime. Venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante (Ingrid Bergman), além de ser indicado nas categorias de melhor ator (Albert Finney), melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor figurino e melhor trilha sonora. 

Talvez o livro mais famoso dela seja “O caso dos dez negrinhos” (título que causou muito alvoroço na época por conta de alegações de racismo). Esse livro não possui nenhum dos personagens consagrados de Agatha Christie, como Poirot, e conta uma história de dez pessoas que são convidadas por um desconhecido e sua esposa para uma temporada de férias numa mansão localizada numa ilha. As pessoas aos poucos vão morrendo para “pagar por seus pecados”, obedecendo a uma cantiga infantil. A medida que alguém morre, uma estatueta das dez que estão na casa desaparece. Foram feitos vários filmes e séries, mas o mais considerado é chamado “O Vingador Invisível” de 1945. Apesar do título fraquinho, o filme é bem interessante e as atuações são excelentes, mas o final é diferente do original, mostrando mais uma vez que as adaptações não precisam ser 100% fidedignas. 

Outro filme baseado numa obra de Agatha Christie é o excelente “Testemunha de Acusação”. Pouca gente sabe que esse filme de 1957 é adaptado, pois a história é diferente das convencionais dela, mas é um dos melhores (se não for o melhor). Conta a história de Leonard Vole (interpretado no filme pelo aclamado Tyrone Power), acusado de ter assassinado uma rica senhora viúva, que deixou a herança para ele. A esposa de Vole é uma alemã misteriosa que não se sabe de que lado ela está. Um famoso advogado (interpretado brilhantemente por Charles Laughton), que acabara de sair do coma por conta de uma parada cardíaca, pega o caso contrariando as recomendações médicas. No final do filme, uma voz anunciava: "A administração deste cinema sugere que, para que seus amigos que ainda não viram o filme possam melhor desfrutá-lo, você não divulgue para ninguém o segredo do final de Testemunha de Acusação.”. O filme recebeu seis indicações ao Oscar. 

Talvez o autor com mais adaptações para o cinema seja Stephen King. Com incontáveis livros de suspense/terror e inúmeros filmes baseados em seus livros. “O Iluminado” adaptado por Stanley Kubrick (que já falei no meu texto sobre Kubrick) talvez seja o mais premiado e renomado, o livro é excepcional e o filme é uma obra-prima. Outros filmes adaptados de obras dele são: Colheita Maldita, Um Sonho de Liberdade, Carrie: a Estranha, Cemitério Maldito, Christine – O Carro Assassino, It, O Apanhador de Sonhos, Louca Obsessão, Eclipse Total, O Aprendiz, entre muitos outros. Dois filmes parecem que não são cria de Stephen King por seu enredo diferente das obras de horror, mas são e vale a pena assisti-los: A Espera de um Milagre e Conta Comigo (que passava muito na sessão da tarde). 

As animações também tem vez nas adaptações. O que seria de Walt Disney sem seus desenhos baseados em contos infantis? Alice no País das Maravilhas, Branca de neve e os Sete Anões, Cinderela e A Bela Adormecida são ótimos exemplos de que adaptações podem ser obras de arte nas mãos certas. 

Capote foi um aclamado escritor que teve suas obras nas telonas. O sucesso “Bonequinha de Luxo” foi filmado em 1961 com Audrey Hepburn como protagonista. Concorreu a cinco prêmios do Oscar e venceu dois, por melhor trilha sonora e melhor canção. Mas sem dúvidas a obra-prima de Capote foi “A Sangue Frio”, publicado em 1966. Capote foi a Holocomb, cidadezinha do Texas de 270 habitantes, onde teve um brutal assassinato de uma família inteira em 1959. Com anos de pesquisa sobre o caso, Capote descreveu com precisão a investigação, a história dos quatro membros da família Clutter, assassinada, a reação da população e a história dos assassinos, Richard Hickock e Perry Smith (por quem Capote acabou se afeiçoando mais). Capote ia na cela entrevistar os assassinos até a execução de ambos, em 14 de abril de 1965. O livro demorou sete anos para ser concluído e nesse tempo, os capítulos eram divulgados aos poucos no jornal New Yorker. Essa foi considerada a primeira obra o movimento chamado “The New Journalism”, como um “romance não-ficcional”, o que abriu as portas para muitas outras obras influenciadas pelo livro. 

Como o livro teve essa repercussão e importância na literatura e no jornalismo, adaptações para o cinema não faltaram. “A Sangue Frio” (1967) e “Confidencial” (2006) são dois exemplos, mas o filme mais interessante é definitivamente “Capote” de 2005. Ele retrata além da história do livro, a relação e as pesquisas de Truman Capote. Philip Seymour Hoffman atuou com maestria, interpretando Capote com todo o seu carisma, arrogância, defeitos, “achismos” e convicções, sem esconder os seus defeitos. Com cinco indicações ao Oscar e o prêmio mais que merecido de melhor ator ao Hoffman. 

Por falar em jornalismo, nessa época de eleições nada melhor que uma adaptação de um livro histórico sobre jornalismo político. “Todos os Homens do Presidente”. O filme de 1976 foi baseado no livro homônimo de 1974 e fala de como dois repórteres inexperientes do Washington Post acabaram desvendando o escândalo do Watergate, entre 1970 e 1972, que culminou com a queda do presidente americano Richard Nixon. 

Os dois jornalistas, Bob Woodward e Carl Bernstein (interpretados por Robert Redford e Dustin Hoffman, respectivamente), foram desde o início das investigações, quando cinco homens foram detidos por invadirem a sede dos democratas, no edifício Watergate. Poucos acreditavam em Woodward e Bernstein e eles colocaram as suas vidas e o jornal em risco com suas acusações. Mas o jornal resolveu bancar a história, que acabou se tornando verdadeira e foi um dos maiores escândalos políticos da história americana. Woodward entrava em contato com um informante misterioso, identificado apenas como “Garganta Profunda” (o mesmo nome de um polêmico filme pornográfico da época). Garganta Profunda só se identificou em 2005, três anos antes de morrer com 95 anos. Era William Mark Felt, que foi vice-presidente do FBI na década de 70 e ajudou Woodward a desvendar a podridão e o esquema de escutas de Nixon e seus funcionários de alto escalão. Recebeu oito indicações ao Oscar e venceu quatro. Um dos melhores filmes de jornalismo investigativo, e é uma adaptação. 

Outro livro que virou um filme muito cultuado é “Um Estranho no Ninho”, de Ken Kesey. Tanto o filme quanto o livro se tornaram ícones da contracultura. Kesey foi cobaia de um estudo de drogas psicoativas e trabalhou num hospital de veteranos. Esses experiências foram influencias do livro, de 1962, que falava de um prisioneiro que se fingiu de louco para ser transferido para um manicômio, e lá ele descobre que as coisas não são tão fáceis como ele achava. O filme foi estrelado por Jack Nicholson e venceu cinco Oscars. 

Caso você não esteja convencido ainda da importância das adaptações literárias do cinema, outros exemplos importantes são: Laranja Mecânica, 2001: Uma Odisséia no Espaço, O Guia do Mochileiro das Galáxias, Ben-Hur, Doutor Jivago, O Júri, Ensaio sobre a Cegueira, Dom Casmurro, O Guarani, O Jardim Secreto, entre muitos outros. A literatura e a sétima arte sempre andarão juntas, como unha e carne. Ambas são importantes para a propagação de cultura e para a criatividade humana. É preciso quebrar o mito de que filmes baseados em livro sempre serão piores que a história original, elas são apenas diferentes, até por conta de que os formatos são diferentes. Mas é inegável a importância de ambas e espero que haja mais adaptações maravilhosas nos cinemas. A crítica que faço é que existem muitas boas adaptações no cinema de livros, mas não há muitas coisas para dizer do contrário. As adaptações literárias de filmes são poucas e sem muito sucesso, deveriam existir mais livros posteriores aos filmes também. Fora isso, adaptações são sempre bem-vindas se forem criativas e inteligentes.
Felipe Kowalki

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

As Tirinhas

Ao folhear um jornal, são tantas as notícias e dos mais variados assuntos, mas geralmente nas variedades, podemos encontrar as famosas tirinhas que tanto caem na graça do povo. As tiras são basicamente desenhos onde geralmente se conhece personagens distintos nas situações diversas, dispostas normalmente em número inferior a quatro quadros e dispostas, ao menos em sua maioria, horizontalmente. Vários são os gêneros explorados nessa arte, como ação, aventura, mistério, espionagem, cômicos, policial, drama, heróis e super-heróis. Os jornais aqui de Florianópolis trabalham com publicações diárias em suas edições, porém a publicação pode ocorrer semanalmente.

A provável origem se dá quando a primeira tira de The Yellow Kid (ou O Garoto Amarelo, nome mais conhecido de Mickey Dugan, personagem principal de Hogan´s Alley, que era desenhada por Richard Felton Outcault), foi publicada em preto e branco, no dia 17 de fevereiro de 1895, no jornal New York World. A partir de 5 de maio, deste mesmo ano, passou a ser apresentada em cores, depois que passou a receber apoio dos personagens secundários. Além de ser provavelmente a primeira tira em quadrinhos do mundo, foi uma das primeiras a serem impressas a cores. Gradualmente Yellow Kid foi se tornando parte das páginas de domingo e depois passou a aparecer várias vezes na semana. Yellow Kid era uma criança calva, desdentada, com um largo sorriso no rosto e usava sempre uma camisola amarela, e foi nessa camisola que foram utilizadas, também pela primeira vez, o artifício de usar balões para mostrar as falas dos personagens. Na época a tira de jornal foi descrita como um panorama teatral da cidade, o qual mostrava as tensões raciais do novo mundo urbano, o ambiente consumista, representado por um grupo danoso de habitantes da Cidade de Nova Iorque, o qual gostava de lidar com coisas erradas. Ou seja, desde o começo, as tiras são um meio de comunicação para que o artista possa expressar não só a sua opinião, mas também os valores de sua época.

No Brasil, os personagens clássicos desta arte são: Mafalda, uma menina preocupada com a humanidade e a paz mundial que se rebela com o estado atual do mundo; Calvin, um garoto de seis anos de idade cheio de personalidade, que tem como companheiro Hobbes, um tigre sábio e sardônico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de peluche/pelúcia; Hagar, um guerreiro Viking, que frequentemente tenta invadir a Inglaterra e outros países. Embora respeitado profissionalmente, leva uma vida pessoal frustrada. Está sempre discutindo com a esposa Helga, que não está satisfeita com o padrão de vida que a família leva; Não esquecendo toda a turma da Mônica, Luluzinha e seus amigos, estes que além de simples tirinhas, hoje ganharam quadrinhos e até desenho animado.

Há quem diga que as tirinhas já venham do tempo dos homens das cavernas, afinal, eles desenhavam nas paredes em representação aos seus dia-a-dias. Nos tempos atuais, as tirinhas já evoluíram bastante e na internet temos muitas charges animadas, mas isto fica para um texto futuro.
Leonardo Santos

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Bolo de chocolate molhadinho
   Coceira Finanluna
      Daniela Germann
____________________________


Tempo de Preparo: 40min Rendimento: 40 porções

Ingredientes:
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 2 xícaras de açúcar
  • 1 xícara de leite
  • 6 colheres de sopa cheias de chocolate em pó
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 6 ovos

Modo de preparo:
  1. Bata as claras em neve, acrescente as gemas e bata novamente, coloque o açúcar e bata outra vez
  2. Coloque a farinha, o chocolate em pó, o fermento, o leite e bata novamente
  3. Untar um tabuleiro e colocar para assar por aproximadamente 40 minutos em forno médio
  4. Enquanto o bolo assa faça a cobertura com 2 colheres de chocolate em pó, 1 colher de margarina, meio copo de leite e leve ao fogo até começar a ferver
  5. Jogue quente sobre o bolo já assado
  6. É só saborear
Daniela Germann

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Chico Anysio, Bruno Motta e Apresentação dos Improváveis em Floripa

O humor no Brasil vem crescendo rapidamente e um dos responsáveis, Chico Anysio, morreu no início de 2012, em 23 de março, aos 80 anos após graves problemas de saúde. Ele criou mais de 200 personagens que caíram na boca do povo, dentre eles Dona Salomé, a gaúcha de Passo Fundo (RS) que ligava para conversar com o atual presidente, e também o inesquecível personagem professor Raimundo, que retratava professores com estudos avançados e má remuneração, trazendo consigo um bordão repetido até hoje, onde após ouvir alguma bobagem de aluno unia com leve espaço o dedo polegar e indicador e dizia: “E o salário, ó!”

Chico, contudo, deixou muitos seguidores e entre eles um que tem obtido cada vez mais sucesso, este é Bruno Motta que vem crescendo muito na área do Stand Up Comedy, a chamada comédia em pé sem piadas do estilo clássico e sim com fatos do cotidiano em textos escritos pelo próprio humorista. No entanto, tenho certeza que ele conhece muitas piadas, pois desde 2003 é o Recordista Mundial do Humor do Guinness Book por ter feito o maior show do mundo, que teve duração de 38 horas e 12 minutos e onde o humorista contou 2.131 piadas sem parar. Além disso, Bruno Motta tem obtido sucesso também na internet, com mais de 13 mil curtidas em sua página no Facebook, mais de 78 mil inscritos em seu canal no youtube e ainda mais de 25 milhões de visualizações nos vídeos. Bruno Motta participou de projetos como o Clube da Comédia Stand Up e o Comédia ao Vivo, é também um dos criadores do Improriso, onde quatro comediantes se apresentam em cenas de humor, música e improviso.

Na mesma linha, temos o grupo criado pela Cia. Barbixas de Humor, grupo humorístico formado por Daniel Nascimento, Anderson Bizzocchi e Elidio Sanna, o espetáculo Improvável cujo qual Bruno Motta ocasionalmente também faz parte. Inspirados no espetáculo “Whose Line is It Anyway?” a apresentação do show começa com um mestre de cerimônias que prepara a plateia e explica como eles participam do espetáculo, pois é o público quem dá sugestões e influenciam nos jogos que ocorrem 100% no improviso, além dos três membros da companhia, eles contam com dois convidados para apresentação e um convidado musical, geralmente Daniel Tauszig que lida com sons para cena, músicas e afins. Entre os vários jogos que o Improvável apresenta, existe o Só Perguntas onde os diálogos só podem ser feitos como o nome do jogo diz. Há também o Troca, quando o mestre de cerimônia tocar a campainha, o jogador deve mudar sua última fala. E dentre outros jogos um dos que eu mais gosto é o Fado Improvável, onde eles cantam músicas em português de Portugal com direito a bigode e chapéu. No canal dos Barbixas, e dos Improváveis  no Youtube, o grupo soma mais de 313.603.955 visualizações dos vídeos e 534.896 inscritos nos seus canais do Youtube.

Há vários outros comediantes que poderiam ser citados aqui, todavia, ficarão para uma próxima. Mas antes de concluir este texto, aviso ou lembro-lhes que no próximo final de semana, nos dias 14, 15 e 16 de Setembro no Teatro Pedro Ivo em Florianópolis, haverá duas exibições em cada dia do espetáculo "Improvável, um espetáculo provavelmente bom", que os aconselho a tentar aproveitar a oportunidade para esquecer um pouco os problemas e rir de um humor inteligente.
 
Leonardo Santos

domingo, 2 de setembro de 2012

Sobre terapia, viagens e correr

Adoro revistas de mulherzinha. Não sei o que elas têm que tanto me atraem: se é o layout divertido, a abordagem mais descontraída de assuntos mais sérios (sim, revista feminina não é só futilidade!), as fotos lindas, as entrevistas...calma, pera aí! As entrevistas nem tanto. Deixe-me explicar. A maioria das entrevistadas das revistas femininas são celebridades, como você já deve saber, pessoas de bem com a vida, que se dizem super bem resolvidas com tudo e que fizeram (e muitas vezes ainda fazem) terapia por anos. Confesso que nunca entendi muito bem isso: por qual motivo essas pessoas, que devem ter a conta corrente bem mais avantajada que a minha, simplesmente não viajam por aí em vez de conversar com um psicólogo duas vezes por semana?

Acredito que seja muito mais fácil se encontrar e resolver questões que te incomodam se você conhecer coisas e pessoas novas, vivenciar outras situações. E o viajar a que me refiro não significa pegar um avião para Miami ou Las Vegas e passar o dia na Rodeo Drive andando com sacolas da Chanel e do Christian Louboutin por aí (mesmo que isso ajude – mas é só momentâneo, então descarte). As pessoas devem ser viajantes participantes, dá pra entender? E acredito que o maior exemplo disso seja a história (de mulherzinha, novamente!) da Elizabeth Gilbert, autora de Comer, Rezar, Amar, que se encontrou seu lugar no mundo depois de quase um ano viajando por três países.

Preciso deixar claro que, de maneira nenhuma, eu sou contra psicólogos e terapia – eu mesma já fiz e ajudou muito. Mas o que me ajudou de verdade foi uma coisa que eu posso comparar com viajar: correr. Depois de um tempo sofrendo sozinha e parada, quase como se eu tivesse petrificada, entendi que andar ajudava. Sabe por quê? Ir de um ponto A até um ponto B dá a sensação de que você está se movendo, indo pra frente, te faz pensar, refletir, chegar a algumas conclusões. Na época, eu não podia simplesmente viajar (e sei que a maioria não pode), então lá vai uma sugestão: corra. A vida fica muito mais clara depois de alguns minutos ou horas correndo.

Não quero que o meu nome estampe o próximo bestseller de autoajuda, mas tem um parágrafo, de uma escritora, cineasta e artista americana, chamada Miranda July, que eu imprimi e colei junto com algumas fotos que tenho no meu quarto – e que foi o que me inspirou a escrever esse texto hoje. É sobre a vida. E pode ajudar quando você tiver se perguntando coisas sobre a sua existência – o que todo mundo fará um dia, não é?

Você tem dúvidas a respeito da vida? Não está muito certo de que ela valha a pena? Olhe para o céu: ele está lá para você. Olhe para o rosto de cada pessoa com quem você cruzar na rua: esses rostos estão lá para você. E a própria rua, e a terra debaixo da rua, e a bola de fogo lá embaixo da terra: todas essas coisas estão lá para você. Elas estão lá para você tanto quanto para as outras pessoas. Lembre-se disso quando acordar pela manhã e pensar que não tem nada. Levante-se e vire-se para o leste. Agora, celebre o céu e celebre a luz dentro de cada pessoa sob o céu. Tudo bem se tiver dúvidas. Mas celebre, celebre, celebre.
Bruna Carolina

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Epopéia francesa

Um Teseu moderno no festival Varilux de cinema francês

Como todo bom épico, esta história começa com um poeminha e uma missão. Com um heroi tirado de seu contexto, um nada intrépido repórter, um colunista fora de seu campo de atuação. Um homem impelido, por uma eufórica aparição, nossa falecida Thaís Teixeira, que lhe deu a pauta à mão. Armado até os dentes, de bloco, folhas e gravador, rumou Sebastião, a fim de fazer sei lá o que, cobrindo este evento para talvez trazer ao Estopim um pouco mais de opinião.

Eis que, no Beiramar Shopping, lá chegava eu, acompanhado de um escudeiro, como dois perdidos, muito longe de pretender uma Odisséia como a de Teseu. Bem, estávamos nós no espaço do cinema, esperando a coisa toda começar, ouvindo conversas alheias, nas mesas ao redor daquele elegante café bar. No bloquinho, páginas em branco e naquele grande hall de entrada, as pessoas começavam a chegar.

Enquanto os garçons preparavam a mesa de coquetéis, fui vendo, aos poucos, os convidados aparecerem. Desde alunos de cinema, figuras marcadas da Aliança Francesa, a seres mitológicos do meio artístico catarinense. Zeca Pires e Edson Machado foram alguns destes espécimes que cumprimentei. O resto, alguns rostos conhecidos que nunca gravarei seus nomes ao certo. Sim! Não sou dos melhores jornalistas.

Na mesa separada no centro, uma verdadeira essência francesa, muito champagne e doces espalhados esperando o ataque daquelas pessoas cobiçosas. Com uma pontualidade nada francesa, às 21h31, quando a fita daquele redondel se abriu, vi 30 cabeças ávidas para entrar, como um rebanho de ovelhas, sedentas pelo álcool, todas com os olhos na mesa de champagne a fitar. Logo a porra toda encheu, e as garrafas eram disputadas com mãos segurando taças vazias, sitiando o miúdo garçom que não sabia bem quem servia.

Grupos de interesse foram se formando, pequenas patotas de conhecidos, e eu com meu bloquinho, enfrentei olhares pontudos, câmeras, seres mitológicos, filas e até uma jornalista, interessada nas minhas páginas de garrancho que escrevia. Às nove horas, em torno de 70 pessoas já habitavam aquele hall de cinema, e nada de filme ainda.

Quando a sala se abriu, não havia a mesma euforia. Mesmo não tendo lugares marcados, as pessoas entraram em passos lentos, consideravelmente tranquilas. Entrei esperançoso, para ver logo um dramalhão, pois como Horácio me disse, sou o maior defensor da melancolia.

Primeiramente, discursos e propagandas, afinal era uma abertura. Fernando Defounier, diretor geral da Aliança Francesa, dava os comunicados quase paroquiais, com aquele icônico sotaque de 'erres' e 'us'. Pois que enfim, o filme começou.

A produção de terceira maior bilheteria da frança, que Defounier definiu como "Particularmente interessante", Intouchables, de Olivier Nakache e Éric Toledano, começou esperançosa, realmente conquistando esse paupérrimo colunista que vos escreve. Depois, devo confessar, entrou em vários clichês, mas tratando de um modo diferenciado, e nada usual, a história de um deficiente. A comédia dramática é realmente divertida, e rendeu boas risadas daquele publicou que quase lotara o cinema. A trilha de Kool & The Gangs e Earth, Wind & Fire transportaram ainda mais o filme para sua essência divertida.

Eis que tudo acabou, e as pessoas se debandaram a sair do shopping já ermo. E eu, devido a trilha sonora do filme, fiquei com a memória condicionada, criei nas cenas daquele evento de abertura flash de sorriso, conversas e champagne, como em um vídeo de casamento da década passada, com um retumbante "Ba de ya..." de Earth, Wind & Fire.
Para ler a resenha de Juan F. Garces, o escudeiro que levei, basta clicar aqui
Gessony Pawlick Jr.

sábado, 28 de julho de 2012

O Hamburgão que todo mundo quer comer!

Continuando a matéria sobre a via gastronômica, hoje teremos o Hamburgão Lanches para abrir o apetite de sábado!

A ideia surgiu com a criação de um pequeno drive na rua. Cresceu ao ponto de se tornar uns dos mais conhecidos e queridos lanches da região de Coqueiros. Afinal não é sempre que encontramos uma vista para o mar, perto da polícia, estacionamento e comida de qualidade, não é? Ah, esqueci de falar: tudo isso por um ótimo preço.

O Hamburgão Lanches surgiu em meados de 1978, quando existia apenas o outro concorrendo, o Bikão Lanches. Com apenas os dois na localidade, a clientela se avolumou e mantem-se firme até hoje. Seu Ademilson da Silva, que me concedeu a entrevista, está há 15 anos trabalhando como garçom e garante: “Não é porque é a gente, mas o nosso aqui é bom. Não é a gente que diz, é o cliente. As pessoas vem de longe para comer aqui.”

Existe um projeto de revitalização feito pela Prefeitura Municipal de Florianópolis para padronizar toda a região da orla e está desde 2008/2009 sendo discutido com a comunidade. A ideia inicial era criar ciclovias e decks de madeira por toda a região da Praia da Saudade, do Meio e do Rizzo. Além de bicicletários, quiosques padronizados e áreas contemplativas com bancos. Tudo isso, na época, ficava em torno de R$995 mil. Seu Ademilson espera que a ideia não saia do papel, já que não só a tradição de seus lanches, mas de tantos outros da região teriam que ser tirados de lá.

Já a parte da segurança, não há do que reclamar. Com o Posto da Polícia Militar localizado bem na frente, nunca houve sequer um assalto com os carros parados na região. Mesmo com a reforma (pra lá de demorada, cerca de seis meses), o posto mantém a estabilidade para os clientes ficarem à beira da praia, curtindo aquele lanche.

Perguntado qual o prato que o pessoal mais gosta, recebi a sincera resposta: “Todos eles vendem bem. Todos eles, sem exceção.” Como sou curiosa, fui fuxicar o cardápio e adivinhem o que descobri? Tem até doses de Whisky e mais diversas outras bebidas. É mole?

Nessa empreitada, encontrei com o cliente mais fiel do Hamburgão, o senhor Otto. Ele frequenta o local quase todos os dias, há cerca de quatro anos. E os elogios não são pequenos: “Noventa por cento vem para comer lanches. Mas é muito gostoso, é uma janta né?”

Como tem muito movimento, o trabalho é ferrenho e não sobra tempo para fazer tele-entregas. Mas para não deixar o cliente na mão, eles fornecem a pronta-entrega: você liga, faz o seu pedido e só vai buscar! E segundo o chapeiro, mais conhecido como China, é só pedir que ele faz seu lanche em quatro minutos. É muita rapidez e eficiência, não é não?
A nossa preocupação é fazer o cliente sair satisfeito com o nosso lanche e fazer uma propagando positiva. Afirma Edimilson.
O Hamburgão Lanches está localizado na Rua Desembargador Pedro Silva, ao lado do posto Policial, em Coqueiros, Florianópolis. Seu funcionamento é das 17h às 00h, todos os dias. O telefone é: (48) 3028-0357.

Crédito das fotos: Rafaela Bernardino
Rafaela Bernardino

sábado, 14 de julho de 2012

O segredo da Via

O segredo da Via com um gostinho de quero mais, a Via Gastronômica de Coqueiros mostra do que o Continente é capaz

Estava eu passando pelo bairro Coqueiros, em Florianópolis, quando me bateu aquela sútil vontade de comer. Foi aí mesmo que comecei a reparar na chamada “Via Gastronômica” (que abrange Coqueiros, Itaguaçu, Abraão e Bom Abrigo). Para quem nunca foi, somente algo a dizer: não sabe o que está perdendo.

O negócio não é só um punhado de restaurantes juntos, existe até mesmo o “Núcleo Setorial da Via Gastronômica de Coqueiros” da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), onde são fornecidos, inclusive, cursos como: segurança de alimentos, atendimento e gestão para empresas de alimentação fora do lar. Os objetivos principais são trazer não só mais segurança e infra estrutura (estacionamento, acesso fácil, etc), como também ampliar as divulgações com sites e promoções de eventos. Eles ainda possuem o Facebook como rede social, postando as novidades mais quentes da região. Pode uma organização dessa?

Há de tudo e para todos nessa pequena Via. É comida italiana, chinesa, japonesa e para não falar na consagrada comida ilhéu, ô estepô! É, realmente, para tudo quanto é gosto, não tem do que reclamar. Se a noite estiver fria e aquela vontade de comer uma massinha aparecer, não vão faltar opções: Pappatore Forneria, Chico Toicinho Pizzaria, Bella Pizza, Di Taroni Tratoria. É muita ideia para pouco espaço no estômago, não é? A Pappatore e a Di Taroni são um pouco mais sofisticadas, perfeito para ir a dois.

Os barzinhos arrombam a boca do balão (como dizia alguém que eu não sei o nome). O fofo “Conversa Fiada” alia bom preço a um ambiente descontraído e jovial. Com uma decoração de Pin-ups e caricaturas de cantores, o bar traz um cardápio variado, buffet de sopas no inverno e um palco para muitos shows. Da última vez que fui não serviam chopp, para os que apreciam, mas os drinks são sortidos, vale a pena! Se você for em casal, não gastará muito mais de R$50. Lembrando que é apenas uma média!

O “Boteco Zé Mané” surgiu de uma antiga casa de Coqueiros. Lembro bem que quando começaram a arrumá-la ficava encucada: o que sairá dali? Foi uma surpresa quando lançaram o bar. O que dizer sobre ele? É perfeito para um happy hour. O espaço é mega bem aproveitado, com mesas por todo o jardim, além do telão para assistir aos jogos. Eles possuem uma infinidade de cachaças especais, além do glorioso Chopp. O boteco (que não tem nada de boteco), também abre para almoços: de segunda à sexta, com cafés coloniais a partir das 16h. Aos sábados, no almoço, tem a luxuosa feijoada! Dá até água na boca. Se for em casal, a média é de R$55 à R$60.

O tradicional Lai-Lai, que está há mais de dez anos na via, traz especial de sushis e a tradicional comida chinesa todas às sextas e sábados a partir das 20h. O preço para o casal fica R$79.90 e individual R$48,80. Eles atendem todos os dias das 11h30 às 14h e das 18h30 às 23h30. Também entregam em casa! Bom apetite!

Mas, se você não quer nenhum chiquê desses nentão é bom apreciar a vista do mar e comer um belo x-burguer com batata, não é? O Bikão Lanches, que está na Praia do Meio há mais tempo que eu posso imaginar, traz o tradicional À Beira da Natureza. É um trailer simples, mas é garantia de entrega e qualidade há 38 anos! Outros da via são: Dan Dogs, Hamburgão, Point do Piva, Sancler Lanches, Confraria do X, Point Burguer. Todos os lanches a média é de R$10 à R$15.

A via realmente mostra para que veio, e não deixa cair o título de um dos melhores lugares de Floripa para se comer. Com muita pompa ou sem ela, o que vale é degustar e apreciar a vista. Afinal, não é só a comida que é boa, a paisagem dispensa comentários.

Crédito das fotos 02 e  03: Rafaela Bernardino
Rafaela Bernardino

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Universo Paralelo

No furdunço da tarde, o espetáculo Automákina, do grupo de teatro De Pernas Pro Ar, permite uma viagem a outro mundo

Dia 25 de junho, segunda-feira. O relógio em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis marcava 15h e ao lado dele um gigante e curioso carro estava estacionado. Crianças chegavam aos montes, jovens, adultos e idosos paravam intrigados com aquele alvoroço todo. O espetáculo Automákina, Universo Paralelo proporcionou por 50 minutos uma viagem fantástica e divertida ao público presente.

Trazidos pelo 6º Festival Internacional de Teatro, o grupo de Teatro De Pernas Pro Ar, natural de Canoas, Rio Grande do Sul, trouxe à Florianópolis toda a magia desse espetáculo. Pensada, planejada e construída pelo ator Luciano Wieser a peça foi edificada a sob o olhar do personagem como arquiteto e construtor de seu próprio mundo.

_ Tudo é fruto de muitas coisas da infância, está ligado à construção de engenhocas, de um triciclo gigante, explica Luciano.

A mistura de sons, ruídos, efeitos, músicas e impactos visuais dispensam o texto falado. O público entra no mundo solitário do personagem que carrega o mundo com aquele triciclo e suas engenhocas, bichos e imagens. A mistura da linguem corporal também dá o toque especial à peça e ajuda a ter percepções e sensações durante os 50 minutos.

Jackson Zambelli, diretor e produtor de Automákina, diz que as pessoas que vão ao espetáculo procuram perceber as sensações causadas pelos efeitos visuais e sonoros. O carro gigante que roubou a cena no Centro de Florianópolis teve um longo tempo de criação, de onde nasceu engenhocas funcionais, bonecos manipulados por fios ou automaticamente, instrumentos musicais adaptados e criado.

_ A concepção do espetáculo durou três anos, e essa é a primeira vez que ele vem a Floripa, conta Jackson.

A peça já teve mais de 50 apresentações e participações em festivais nacionais como o recente Festival de Teatro Brasileiro em Brasília

6º FITA Floripa

Há seis anos que o Festival Internacional de Teatro de Animação traz à Santa Catarina companhias de teatro. Com a linguagem da animação, do lúdico, das sensações os bonecos gigantes, as sombras, fitas coloridas, máscaras e mais uma penca de objetos dá vida ao FITA. Com o objetivo de trazer o moderno, inventivo e mexer com as estruturas ele mostra toda a sua irreverência. O 6º FITA Floripa teve início no último sábado, 23 de junho e segue com apresentações diárias até o dia 30 de junho. Confira a programação completa.
Créditos das fotos: Thaís Teixeira
Thaís Teixeira