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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Todos, todos mesmo, usamos Jeans

Quem nunca colocou alguma peça jeans? Até tênis, cintos, colares. O jeans dominou o planeta. Você pode pensar em qualquer lugar do mundo, neste exato momento, há uma multidão de pessoas a usar jeans. As pessoas não percebem, mas a história do jeans possui uma essencialidade que nos faz tê-lo freqüentemente e sem esta história, ele poderia não estar aí. Pois bem, vamos resenhar essa história desse sujeito passivo e ativo que circula pelo mundo em bundas grandes, pequenas, braços, saias, shorts, e em mais um monte de coisas! No século XXI ele é a marca registrada do vestir. Não importa de onde somos ou o que vestiremos além dele. É uma peça de roupa básica e sua história faz-se necessária. Imagine se aqueles senhores barbudinhos, engraçados, com cara de filósofos, algum dia, não tivessem transformar lona em calça de mineradores! Detalhe: Quanta criatividade. Nossa Senhora! Seres humanos de 2000 e poucos sem o jeans nos make ups usariam o que? (Cri-cri-cri).

Não venham os machões de plantão desconversar que este assunto é desimportante, seria deselegante e ficaria insatisfeita em ouvir reclamações de o porquê desta matéria. O jeans é essencial e é por sua história que hoje, podemos praticamente todos os habitantes do Mundo, agradecer o destino que nos uniu.

-Obrigada, Lord Jeans, agradecemos a sua incessante boa vontade em descomplicar! Coloco você e sigo feliz, pro trabalho, pro café, para festa, para o lugar que for!

A história do cisne

Mais ou menos como o patinho feio que se tornou cisne na história infantil O Patinho Feio, o brim, que hoje é uma peça glamourosa  encontrado em todas as roupas e camadas sociais, foi, antes da sua “fama”, lona. Segundo o livro Dicionário da Moda, de Marcos Sabino, antes de dominar o planeta, o jeans era apenas uma lona, usada na cobertura de barracas, no século XIX. Os imigrantes Levi Strauss e Jacob Davis foram os protagonistas, com a ideia de transportá-lo para calças marrons usadas por mineradores do oeste dos Estados Unidos. Jacob Davis foi o idealista, colocou rebites de cobres para reforçar as calças que fabricava com o tecido fornecido por Levi Strauss- comerciante.
Modelo 501
É interessante lembrar que a marca Levi’s, teve como idealista Levi Strauss que foi quem registrou a invenção da peça, produzida na sequencia por Strauss, com brim azul. Em 1890 esta marca criou seu modelo mais famoso, a calça 501.

Na década de 1940 - O termo “jeans” passou a ser usado , nos Estados Unidos para caracterizar a calça de brim azul, uniforme da juventude da época. Em meados de 1950- Usado pela juventude rebelde americana, influencia o mundo todo. No Brasil a pioneira a fabricar as chamadas calças de brim foi a marca Far-West, uma versão do jeans americano.

Agora, vamos falar sério, não há nada mais prático, básico e versátil do que uma boa peça jeans! Imagine nós, de calça social para cima e para baixo, não haveria graça! Pode ficar grudenta no verão, pode ser muito básico, pode ser desconfortável, ‘as vezes, mas ninguém o substitui por um outro tecido...
Bruna Moraes

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Tons frios aquecem o verão

Enfim podemos falar do verão. Estamos no início da primavera e, mesmo assim, as vitrines já estão coloridas com as propostas para a estação mais quente do ano. Tecidos, cores e acessórios são tantos que é difícil não encontrar um look que combine com sua personalidade.

A consultora de moda Daniela Florentino afirma que as tendências de moda mudam muito rápido e que as pessoas querem variar mais o estilo. O verão é sinônimo de calor, amigos, sorvete, passeios de bicicleta, praia e piscina e celebrações de final e início de ano. Na hora de se vestir, não há dúvidas de que bom mesmo é o conforto de roupas levinhas e coloridas. Dani Florentino fala que para o verão vem muita cor flúor, limão e pink. Assim, tanto em roupas e acessórios quanto nos esmaltes.

No Brasil a tendência, desta vez, não é baseada nos países europeus. Diferente de coleções passadas, a moda inspira-se na miscigenação de brancos, negros e índios para a produção das confecções que já começam a circular por aí, coloridas e com referências à Região Norte e às origens africanas brasileiras.

Junior Ventura, gerente de loja de roupas em Florianópolis, diz que o que não pode faltar no guarda-roupa deste verão é as cores, azul piscina, amarelo, laranja, magenta e o verde água. Para as meninas, Ventura diz que o essencial é usar tops; e para os homens, tecidos leves e coloridos. As bermudas masculinas aparecerão coloridas e estampadas. Essas cores indicadas por Ventura, que são os tons de neon e as colors candys – nome americanizado que em português significa cores de doce –, adicionando a cor branca e os tons pastel podem ser usadas por qualquer tom de pele. Nas estampas tudo pode: proporções diferentes como grandes flores nos shorts e listras no top. Cintura alta e macacões também estarão em evidência.

Para compor o visual, as técnicas artesanais e o uso de materiais rústicos como madeira, cortiças e estampas animais compõem o estilo étnico dos acessórios. “Vem aí mais colares enormes, os chamados maxi-colares”, adianta a consultora Dani Florentino.

Estampa e Rendas
A técnica de tingimento própria dos anos 70, a tye dye foi febre no inverno e segue no verão. Basta escolher as tonalidades e ir às compras, ou para quem tem coragem, que tal, tingir em casa mesmo?

Não é de hoje que rendas, transparências, bordados, conjuntinhos, a seda e as franjas estão em alta. As camisas transparentes em mangas curtas, a moda country aparece no couro em tons leves como o verde água e o laranja pêssego. Para os mais tradicionais que amam o básico, vale ressaltar que o couro preto segue na moda do verão.

Ressurge de velhos tempos, as saias curtas na frente e longas atrás, chamadas agora de Mulltes. Apesar de charmosas, deve-se ter um cuidado especial com elas. Gloria Kalil, fala sobre as Mulltes no seu site: “Essas, que são muito curtas na frente, cortadas como se fossem janelas quadradas sobre um rabo reto e longo, são de matar de feias e sem proporção.”. Kalil ainda afirma que, a saia é duvidosa, e diz ser uma infeliz tendência: “Não é moda, mas um modismo, que saiu dos vestidos de festa - onde ficam bem - para chegar às ruas em uma proporção esquisita e sem graça que ressalta justamente os joelhos, uma das piores partes do corpo”. Muito cuidado na hora de escolher alguma já que o importante é a proporção, pois esse estilo pode ser um forte aliado das meninas com bumbum um pouco mais avantajado, medida típica das brasileiras.

Sapatos Rock`n Roll
O uso de spikes, as tachinhas com as pontas finas nos acessórios, dão um toque rock’n roll aos sapatos e garantem um certo ar rebelde para quem aderir à meiguice dos tons pasteis deste verão.

Independente se com ou sem spikes, os slippers ou loafers se mantém forte tendência desde o verão passado, similares aos mocassins e as alpargatas. Sandálias, cintos e bolsas bicolores são outra tendência forte.

Sucesso nos anos 80, os Cap toes ou sapatos com ponteira são o revival da vez para quem não quer ficar somente no conforto dos sleepers. Interessante é que o contraste de cores vibrantes, presente desde 2011, saiu das roupas e foi para os sapatos e sandálias de salto meio pata, nas anabelas e até em rasteirinhas.

Bruna Moraes

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

What's New in Paris

Semana passada, última semana de setembro, aconteceram os desfiles da temporada de verão 2013 da Semana de Moda de Paris. As marcas mais elegantes, chiques e conhecidas passaram pela passarela. Modelos exóticos, exagerados, e até discretos ou aquele que quase ninguém percebe.

Mas um desfile em específico foi manchete em vários meios de comunicação, e até mesmo entre os espectadores. Pedro Lourenço desfilou pela segunda vez na semana de moda da conhecida "Cidade da Luz". Com seus inovadores contrastes de materiais e suas silhuetas sensuais e poderosas, o estilista brasileiro, que é o único latino-americano a desfilar na Semana do prêt-a-porter de Paris, confirmou que, apesar de ter apenas 22 anos, está pronto para jogar no time dos grandes.

A passarela foi invadida por diferentes tons de rosa. A coleção de primavera-verão 2013 de Pedro foi inspirada no trabalho desenvolvido pelo fotógrafo Richard Mosse no Congo, usando antigos filmes infravermelhos da Kodak para fotografar áreas militares. “Com esse filme, tudo o que é verde se transforma em rosa nas fotos e eu quis trabalhar nesta coleção justamente a dualidade entre a dureza (das áreas militares) e a beleza (do rosa)”, explicou Pedro em entrevista ao site Terra. 

O mais interessante da coleção para o próximo verão proposta por Lourenço, que alguns editores de moda consideram Pedro como "o John Galliano brasileiro", foi sua busca por novos materiais para suas criações. "Misturei diferentes texturas para criar uma silhueta arquitetural. Usei bordados feitos à mão, tecidos plásticos, telas metálicas e materiais que caem no corpo dando forma, mas conservando a leveza", explicou Lourenço à AFP, depois de seu aplaudido desfile.

Filho dos estilistas brasileiros Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho, Pedro começou a carreira muito cedo, estreando nas passarelas da São Paulo Fashion Week com apenas 12 anos.
Luiz F. Cavalcante

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Moda consciente

Nos dias atuais, se pensarmos que tudo acontece tão rápido, e o imediatismo virou constante em nossas vidas, podemos perceber como coleções entram e saem das prateleiras de uma maneira veloz, o consumidor mal teve tempo de curtir a compra do mês passado que as grandes marcas já vêm com novidades. E ainda por cima com preços e pagamentos acessíveis, logo, a influência sobre os compradores é tão forte, que ocorre fast moda, isto é, descarte rápido das roupas.

Por conta disso, muitas peças são jogadas fora todos os anos, conforme uma pesquisa realizada pela EPA - Agência de Proteção ao Meio Ambiente Americana, só em 2010, foram jogadas fora quase 9 mil toneladas de roupas e sapatos. É um impacto muito grande para o bolso de qualquer consumidor e mais ainda para o meio ambiente, que vem sofrendo constantes agressões com esse novo estilo de vida que a sociedade moderna está levando.

"Moda consciente para mim é o uso de tecidos de fios naturais, sem tintura química, o uso de roupas de segunda mão. Por que gastar energia produzindo novos tecidos, energia produzindo novas roupas? O processo de tinturaria é muito poluente, e fios sintéticos também são poluentes, então para que causar esse dano a natureza se podemos transformar roupas velhas em novas? Você não precisa de 50 sapatos, precisa de no máximo 10. E assim vai salvando o planeta", explica a publicitária de moda da hhBrasil, Débora Regina.

A solução de consumir roupas de segunda mão, foi uma das ideias mais conscientes que apareceram no último século. A Alemanha tem essa área muito desenvolvida, assim como em São Francisco (EUA) e nos países nórdicos. No Brasil, ainda estamos caminhando para que esse processo ocorra, atualmente existem dois tipos de público brasileiro que procuram os brechós.

"Públicos alternativos, pessoas ligadas à cultura e ao consumo sustentável, esses procuram os brechós que têm peças vintage (de época) que têm peças transformadas, (customizadas) pessoas que tem um conceito por trás desse consumo. Existe aqueles que compram em brechó de igreja, de bazar beneficente, esses consumidores são pessoas de baixa renda, que procuram roupas usadas a preço de R$ 1 ou R$ 2. São públicos totalmente diferentes, assim como os brechós em cada caso são totalmente diferentes. Os outros são lojas organizadas, ou brechós virtuais, diz Débora Regina.

Esse consumo possibilita que o cliente possa adquirir peças elegantes de coleções antigas ou então levar uma roupa fashion de marca por preços razoáveis. As peças VINTAGE- anos 20, 30, 40, 50 e retrôs - anos 70 e 80, tornam os brechós realmente interessantes. E para os consumidores que valorizam as marcas, e não têm condições financeiras para comprá-las novas, os brechós também oferecem roupas atuais de marcas famosas e caras da alta costura.



"É uma experiência muito boa poder trabalhar com sustentabilidade de uma nova maneira, e a reação dos clientes estão sendo surpreendentes, porque além da economia cada indivíduo pode fazer sua contribuição para o planeta preservando-o para as próximas gerações", afirma a consultora de moda, Marta Cavalcante.



O sistema de moda é bastante capitalista e nada sustentável, será muito difícil sair desse modelo padrão. Porémm, com a escassez dos recursos naturais isso acabará mudando.
"Não acredito que isto (modelo padrão da mão) se transformará da noite para o dia, é um modelo que já vem estruturado desde os anos 50, com a Channel e tudo mais. Será um processo longo e dificultoso, mas creio que acontecerá", ressalta Marta Cavalcante.
 
O mundo está cada vez mais ligado à sustentabilidade, todas as áreas estão passando por reciclagem. Nesse novo modelo de consumo, o cliente economiza e sai com a consciência ecológica limpa. É vida nova para a roupa velha.

Crédito das imagens: Débora Regina
Bianca Queda

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A moda das festividades de final de ano

Sendo o ultimo texto do ano, me prontifico a avaliar os looks do natal e ano novo mais em alta. Mesmo não sendo expert no assunto, ainda, percebo que muitas mulheres tentam ficar cada vez mais chiques e elegantes, as vezes até exagerando na dose. Já homens não ligam tanto para isso, porém não perdem espaço na moda, onde conseguem normalmente fazer o balanceamento certo entre as peças de roupas.

No natal, é esperado das mulheres vestidos, curtos ou até longos, que estão fazendo sucesso no verão, os quais fazem com que defina e realce o corpo. Também é esperado roupas justas, onde o vermelho, branco, bege e variantes são o predominante. Os acessórios servem como o toque certo para que a produção caia perfeitamente, e ainda dá um charme a mais, chamando a atenção para os detalhes.

Da parte dos homens, as mesmas cores se sobressaem, entretanto as peças mais buscadas e escolhidas são as camisas pólo, camisetas com gola V, camisas com detalhes que fazem a diferença, e até calças saruel, as quais foram um sucesso de uns tempos para cá. Pelo menos penso que poderá voltar a moda, pois fez muito bem a inovação em algo inicialmente direcinado a mulheres. Outro sucesso é a bermuda ou short, como opção de passar o calor da estação mais quente do ano.

Para o reveillon, não deve ser muito diferente de outros anos, e dos modelos de peças do natal também. Apenas que a cor que mais se sobressai, e até pela tradição, é o branco. Não enteda-se como obrigatório, até porque todos precisam inovar a cada ano, não importa de que jeito for. O ponto certo entre todos nas festividades é se sentir bem e usar o que tem vontade.

Luis F. Cavalcante

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Luxuosa escrotidão

Estou em um lugar podre, sujo, chato, medonho, nojento, asqueroso. Esse lugar é ao mesmo tempo fantástico, atrativo, decorado, prazeroso para alguns dos meus companheiros de Planeta Terra. Lá pelas tantas as circunstâncias dessa podre e fantástica vida me colocaram aqui e não posso sorrir se não para debochar dos complacentes terráqueos que lá estavam felizes à beça.

Terminado o nariz de cera, vou aderir ao lead, tal qual Pádua fez ontem, quando descreveu em quatro parágrafos o evento de moda promovido pela nossa luxuosa universidade. A mesma que atrasa os salários de professores e estagiários que lhe vendem valiosos e nem tão valiosos serviços.

O evento de sábado promovido pelo curso de Tecnologia em Design de Moda da Unisul, em que os alunos da primeira e segunda fase experimentaram a profissão e produziram peças para lindas modelos foi um luxo, belíssimo tal qual descreveu Pádua. Mas sou pago para ser do contra. Não é mesmo Soares? Então, tenho que atuar com diligência. E por essas e outras, não exalto esse belíssimo evento.

Acho interessante que Pádua não tenha especificado o lugar em que o desfile aconteceu. Talvez tenha relutado por conta do marketing gratuito que faria ao citar o P12. Sim, o P12 aquele luxuoso clube onde luxuosas pessoas se reúnem para gastar seu luxuoso dinheiro e manter seu luxuoso status. Essa escrota gente que bebe água por R$ 5,50 e cerveja ruim a R$ 6. Não é um exemplo do cúmulo da escrotidão? Ou sou eu o melhor exemplo de escrotidão? Talvez! Bem provável Ninguém soube e nem sabe, ou saberá.

Poltronas lindíssimas, segurança reforçada, piscina grandíssima, mulheres estonteantes (ao menos isso), mas uma falta de vida e de alegria. Uma sensação de inexistência. Uma vida que eu não quero para os meus cinco filhos. Nem estou falando da futilidade, Estou?

Gestores, leitores, pessoas, não se incomodem com essas palavras. Não se trata de uma crítica a universidade, nem ao evento ou a nossa podridão que exalta tolices e mantém apática a capacidade intelectual de nossas mentes. Essa universidade é um sonho e isso é apenas um desabafo.

O que pontuo, agora - amanhã não se sabe – é que o ranzinza aqui não encara mais essa realidade. Não posso, entretanto, deixar de agradecer essa oportunidade que a vida me deu. Pude lembrar que há lugares impenetráveis por gente como eu. Lugares cheios de um vazio. Completos por máscaras carnavalescas, agraciados por colunas sociais, mas escrotos e podres de luxo.


Crédito das fotos: Cristina Souza
Nícolas David

domingo, 27 de novembro de 2011

Desfile de diversidades

No dia 26 de novembro, sábado, aconteceu o décimo sexto encontro do curso de Moda da Unisul. Alunos da primeira à segunda fase apresentaram suas coleções desenvolvidas ao longo do semestre, baseados em temas definidos. Eles tiveram total liberdade para escolher como iriam desenvolver suas coleções, desde o desenho até o processo de fazer a roupa para entrar na passarela.

O público que compareceu ao evento foi bem diversificado, contando com desconhecidos da moda, até críticos os quais falariam, bem ou mal, sobre as roupas apresentadas no desfile. A imprensa local também confirmou presença, contando com uma equipe a qual não parou um minuto, atrás de todos os melhores cliques (ou até piores).

Com minutos de atraso, o desfile foi iniciado normalmente, como todo encontro do curso que acontece aos finais de semestres. Em seu desenrolar, nada saiu do esperado pelos estilistas e até das modelos. Por outro lado, um espaço o qual quem assiste ao desfile não tem acesso, o backstage também não fugiu do convencional. Modelos se arrumando, alunos dando o toque final nas roupas, e imprensa tirando fotos e entrevistando quem estivesse lá e não estivesse na correria.

Enfim, um desfile como qualquer outro. Apenas relato o evento pela diversidade do povo que se encontrou por lá. Gente de todo tipo, de vários estilos, de muitas opiniões. Não somente de quem desfilava, ou de quem fez as roupas. Mas também do público em geral, o qual prestigiou um desfile convencional, porém feito por aspirantes da profissão, não tão reconhecidos como tal, mas, no evento, conseguiram demonstrar o que pode ser aguardado no futuro, feito por um deles.

Luis F. Cavalcante

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Homem de salto alto?

Com a indústria da música super saturada de cantores e bandas, e toda e qualquer pessoa que apenas tenha uma boa voz e uma boa música para ganhar sucesso, eis que surge uma estereotipada boy band.

No começo, me surgiu a curiosidade, por nunca ter visto alguém fazer isso na música. Depois, foi o interesse em si, me aprofundando em qual o sentido de fazer isso e o que a sociedade, críticos, outros músicos e todo o resto falaria, bem ou mal.

A banda chama-se Kazaky e veio da Ucrânia, país da Europa Oriental. Sem preconceitos e estereótipos, a banda surgiu de dois anos para cá, em um cenário musical não muito bem receptivo a este tipo de conceito o qual a banda tenta passar ao mundo, e por isso, recebe muitas críticas.

Os quatro integrantes, Oleg Zhezhel, Artur Gaspar, Kyryll Fedorenko e Francesco Borgato fazem uma mistura de roupas femininas, com calças super justas e salto alto, com o corpo masculino, musculoso. Com o surgimento do grupo, veio junto a abertura da discussão de homem usar salto alto e argumentos contra e a favor.

O grupo se definiu muito bem em seu conceito, sem levar em consideração a opinião alheia. Independente de críticas ou elogios eles aparecem com uma nova realidade: cada um tem a total liberdade de fazer o que bem entender. Porém, não tão deliberadamente e com seus devidos cuidados e o mais importante, tendo total noção das consequências do que escolheu.

Outro ponto a se levar em conta é a transmissão, em seus clipes de “In the Middle” e “Love”, a sensualidade, a boa sincronia entre eles e os passos e roupas usados, transmitindo um ar de androgenia, alterando entre gostos masculinos e femininos.

Luiz F. Cavalcante

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Passarela do dia-a-dia

Não é muito comum você passar por uma mulher na rua que esteja usando o vestido que a deslumbrante Alessandra Ambrósio usou no desfile da Colcci, para o inverno de 2011, no São Paulo Fashion Week. Ou mesmo um homem a altura de Ashton Kutcher com a roupa que ele usou no desfile para, simplesmente, ir até o final da passarela com os estilistas da coleção.

Será que as pessoas anônimas que veem de longe essas elitizadas semanas de moda têm coragem de comprar a roupa do desfile e usar normalmente como qualquer roupa? Para muitos estilistas renomados e conhecidos, não é o mais recomendado, nem menos a sua preferência.

Mesmo assim, existem aqueles que compram a roupa e usam sim, com muito orgulho. Não pura e simplesmente por querer ser o centro das atenções, por Paris Hilton ter usado o mesmo vestido no desfile de inverno da Triton, ou por ter sido feito por Alexandre Hercovitch. Mas por desenvolver um gosto pela peça e fazer de tudo para obtê-la. E claro, para também continuar “na moda” daquele momento.


Luiz F. Cavalcante