Rafael Teixeira
Imagem: Thaís Teixeira |
Os protestos e
a grande manifestação que se alastraram pelo país, como um balde de água fria
nos sofás do povo, despertou o olhar do mundo inteiro e, principalmente, de
quem mais precisava ver, mas preferia fingir que não: o brasileiro.
O estopim que
acordou o gigante foi causado pelo incessante desrespeito aos direitos mínimos
dos cidadãos. Direitos esses que estão, desde o ano de 1988, expressos em texto
de lei da Constituição da República Federativa do Brasil. Um grande Estado como
o nosso, que usurpa o contribuinte com tributos estratosféricos, deveria, no
mínimo, dar as condições que há anos foram proclamadas por esta lei
fundamental.
Lei que é colocada pelos governantes para os governados como fato
novo e “com cara” de revolução - que na verdade sempre existiu e é direito
fundamental de todo o cidadão. Um exemplo disto foi na introdução do
pronunciamento feito por nossa governante, em que interpretou e “escarrou” na
cara de milhares de eleitores tudo aquilo que já está escrito na Constituição (importante
relembrar: desde 1988, logo após um governo ditatorial em que as leis eram
impostas pelo governo, em regime de exceção): “ouvir a voz das ruas, dialogar
com todos os seguimentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem,
indispensáveis para a democracia”. Democracia, lei e ordem? Como se isso não
fosse uma obrigação.
Com educação,
saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social,
proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados, não seria
um bom começo para o Brasil ser mais justo? Pois é, estes direitos estão
previsto em apenas um dos 250 artigos que regulam nosso país e são
desrespeitados pelos próprios “responsáveis” por ele. É por este e muitos
outros motivos, como também manifestados de forma aberta e democrática nas
reuniões sociais no Brasil, que devemos continuar lutando, até debaixo de
chuva, pelos nossos direitos!
Por fim,
gostaria de parabenizar todos os manifestantes e cidadãos que foram às ruas
protestar a favor de uma causa que todos sabem ser muito maior do que a redução
da tarifa do transporte coletivo. Ainda
que muitos desses cidadãos não soubessem do que se tratavam as manifestações,
ainda que muitos fossem apenas vândalos que não estavam unidos pela causa e sim
pela baderna, como faz o próprio governo, fico muito honrado e orgulhoso de ter
participado e ver a participação de todos na luta pelos nossos direitos.
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