segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pelos direitos da nação!

Rafael Teixeira

Imagem: Thaís Teixeira
Os protestos e a grande manifestação que se alastraram pelo país, como um balde de água fria nos sofás do povo, despertou o olhar do mundo inteiro e, principalmente, de quem mais precisava ver, mas preferia fingir que não: o brasileiro.

O estopim que acordou o gigante foi causado pelo incessante desrespeito aos direitos mínimos dos cidadãos. Direitos esses que estão, desde o ano de 1988, expressos em texto de lei da Constituição da República Federativa do Brasil. Um grande Estado como o nosso, que usurpa o contribuinte com tributos estratosféricos, deveria, no mínimo, dar as condições que há anos foram proclamadas por esta lei fundamental. 

Lei que é colocada pelos governantes para os governados como fato novo e “com cara” de revolução - que na verdade sempre existiu e é direito fundamental de todo o cidadão. Um exemplo disto foi na introdução do pronunciamento feito por nossa governante, em que interpretou e “escarrou” na cara de milhares de eleitores tudo aquilo que já está escrito na Constituição (importante relembrar: desde 1988, logo após um governo ditatorial em que as leis eram impostas pelo governo, em regime de exceção): “ouvir a voz das ruas, dialogar com todos os seguimentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia”. Democracia, lei e ordem? Como se isso não fosse uma obrigação.

Com educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados, não seria um bom começo para o Brasil ser mais justo? Pois é, estes direitos estão previsto em apenas um dos 250 artigos que regulam nosso país e são desrespeitados pelos próprios “responsáveis” por ele. É por este e muitos outros motivos, como também manifestados de forma aberta e democrática nas reuniões sociais no Brasil, que devemos continuar lutando, até debaixo de chuva, pelos nossos direitos!


Por fim, gostaria de parabenizar todos os manifestantes e cidadãos que foram às ruas protestar a favor de uma causa que todos sabem ser muito maior do que a redução da tarifa do transporte coletivo.  Ainda que muitos desses cidadãos não soubessem do que se tratavam as manifestações, ainda que muitos fossem apenas vândalos que não estavam unidos pela causa e sim pela baderna, como faz o próprio governo, fico muito honrado e orgulhoso de ter participado e ver a participação de todos na luta pelos nossos direitos.  

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