terça-feira, 11 de junho de 2013

Lei Carolina Dieckmann e a Internet da Castidade

Bryan Lacerda

O interessante passou a ser desinteressante para os coadjuvantes de brincadeirinhas adultas e sapecas com a falta de segurança da internet. Para alguns, é a triste realidade de não poder deixar seus arquivos eróticos ou pornográficos em um meio tão seguro quanto a convicção sólida de uma utopia. Para outros, de uma forma ou de outra, a descoberta do pote de ouro de baixo do arco-íris.

Violações ocorreram durante anos após a popularização da rede, porém, uma loira global de peitos nada atrativos foi premiada quando a lei 12.737/2012 recebeu seu nome, “Carolina Dieckmann” foi sancionada, em 3 de Dezembro de 2012, alterando o nosso presente Código Penal, decretado 18 dias antes do Natal do ano de 1940.

Sanção feita pelo ser, que do ensino público deve ter surgido, para definir-se como “Presidenta” Dilma Rousseff. Criminosa nem no passado e muito menos no presente, apenas revolucionária na acirrada disputa pelo poder econômico e “social”. Senhora da esquerda, mas com candidatura financiada por empresas como a Delta.

“Veja” como são as coisas, e vimos, seu antecessor, ser o presidente mais financiado pelo capital da história, e defendendo que "patrocínio privado" de candidatura política, deveria ser crime inafiançável. Os metralhas e os metralhados, os torturadores e os coitados justificantes e justificados, e nós, os únicos não anistiados, nossa ilicitude, a burrice. Devo continuar falando de crimes, mas, no momento, os da internet, e com ele prosseguimos.

Violação

Segundo uma das sustentações da atriz, eu digo a que faz novela, não política, condiz com o fato de seu computador ser e estar invadido por pessoas com intenção de explorar economicamente e sexualmente sua imagem. Nesse caso, o próprio bandido é flagrado no auge de seu gozo do desprazer de ser visto por todos, e sem nada a receber, pois em uma Playboy qualquer talvez desse para exibir-se por alguns trocados e ainda ser intitulada como musa de um nu artístico, em vez da simples vergonha de ser feliz.

Realidade

Escondidos dos olhos de quem não pode ver, o ser humano transforma-se em sua essência: desavergonhada, exibicionista, instintiva e animal. Por meio do prazer que faz transparecer seu mais alto grau de veracidade, estes, os sentidos. O que os olhos negam, palavras dissimulam, o sexo sucumbe e exemplifica, quando corpos se entrelaçam em melodias, simetria em arte viva. “Temos a arte para não morrer da verdade”, assim um dia concluiu Friedrich Wilhelm Nietzsche.

Mau sabia esse louco sábio que a relativização filosófica do fato concreto, transforma-se em verdade, quando a supernova do conhecimento ilumina um novo conceito, ou seja, é apenas no silêncio que a verdade se encontra e é encontrada. Então “Se amas, ame bem baixinho, não grites em cima do telhado, deixe em paz os passarinhos” e se o corpo arde, deixe-o queimar em chamas, iluminando a penumbra madrugada, não sobre os holofotes das primeiras ou das últimas horas da alvorada. Diga-se de passagem, apenas assim o fim ou início de sua imagem torna-se suscetível ao que propicias.

Deuses, humanos e suas controvérsias

Não configura-se crime quando o suposto arquivo “corrompido” não é protegido por mecanismos contra invasão. O poder Legislativo, certamente corrompido, entende que “quem bota uma foto em cima de mesa”, está tornando propicia a analise do objeto por quem ali se encontre”. Dessa forma,  leve seu computador até um profissional das “ciências cibernéticas” para ser mais uma estrela da constelação. Caso você não faça um contrato com o santo, deixando explicito que seus olhos não podem ver o que seus órgãos sexuais sentem. E quando necessário for abrir uma de suas pastas para concluir seu trabalho, não rezar a possibilidade de por na rede.

Parágrafo único “Proibido usar brechas do sistema de segurança para burlar a lei e assim desfrutar do simples porém complexo ato de junção de dois corpos nus, sublimando a forma mais bela que é o ato de fazer amor, ou de destruí-lo, sem configurar crime.

São tantas as controvérsias tanto as humanas quanto a dos deuses que constituem nosso ordenamento jurídico, consequente das nossas exigências em determinados períodos sociais. Pouco sabemos onde os dias estão nos levando, para a evolução ou para os milhares de minutos já percorridos na pressa de livre badalar-se, longe de toda a ignorância ou consonância com nosso presente. Lembrando que os criminosos que mataram a imagem de Carolina, ainda poderão desfrutar de seu corpo nu e morto, nas próximas novelas das oito. E se arrepender do mau que fizeram.



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