sexta-feira, 8 de março de 2013

O jovem que criou um método para detectar câncer

Jack Andraka, aluno do ensino médio, foi condecorado com o prêmio de primeiro lugar da Feira Internacional de Ciência e Engenharia de Intel, em 2012. Ele desenvolveu um teste para diagnosticar precocemente e com precisão três tipos de câncer, incluindo um dos mais letais: o de pâncreas. 


A Feira Internacional de Ciência e Engenharia é a maior do mundo para pré-universitários. Com prêmios cobiçados e vários concorrentes, quem levou o primeiro lugar foi o garoto de 15 anos Jack Andraka. Filho de pai polonês e mãe americana, Andraka vive no distrito de Maryland, em Washington, onde cursa o ensino médio num colégio chamado North County High School.

Ele gosta de coisas comuns para a sua idade como andar de caiaque, fazer origamis, atualizar o Twitter e assistir o seriado adolescente Glee. Apesar dos interesses triviais, ele possui um diferencial que o torna um prodígio: a sua genialidade ao desenvolver uma invenção que detecta câncer.

Jack Andrika perdeu um tio de quem gostava muito por conta de um câncer, desde então, começou seu interesse por buscar soluções para combater a doença com mais recursos. A maioria das vítimas de câncer perde a batalha ao descobrir a doença tarde. Jack, que se interessava por biologia (já havia inventado outras coisas, como uma bactéria brilhante que detectou poluição na água) e, numa aula, teve a ideia de projetar um teste que juntava nanotubos de carbono, que são estruturas artificiais com a espessura de um átomo usadas na indústria farmacêutica, e marcadores biológicos, substâncias presentes no organismo que podem indicar a existência de uma anomalia ou doença.
Ele projetou sua ideia, fez a requisição dos materiais necessários e tempo de preparação e enviou e-mails para vários laboratórios. Recebeu várias negativas, mas o laboratório do Dr. Anirban Matira, especialista em câncer pancreático, aprovou-a. Jack viajava todos os dias depois das aulas 70 quilômetros para o laboratório, algumas vezes voltando para casa tarde. Ele fez isso durante sete meses até o experimento ficar completo.
O experimento foi para a feira de ciências. Ele explica que a sua criação é um pequeno sensor de papel, um nanotubo de carbono de parede simples combinado com anticorpos e um marcador biológico do câncer chamado mesotelina. Jack Andrina recebeu 100 mil dólares como premiação na feira de ciências e ele já pensa em utilizar sua invenção futuramente como artigo científico. Andrina também quer participar de próxima feira de ciências da Intel. Ele planeja inserir o teste no mercado dentro de dez anos.
Comparando com o teste ELISA, que é o teste mais utilizado para detectar câncer, o método de Jack se mostra bem mais barato, mais simples e 90% mais preciso. Uma gota de sangue é o suficiente para realizar o teste. São jovens promissores que acabam sendo os gênios mais reconhecidos e aclamados, por isso é importante descobrir cedo uma aptidão para que ela seja desenvolvida e trabalhada, para que futuramente os frutos sejam colhidos. Descobrir um talento é relevante como descobrir uma doença como o câncer, quanto mais cedo melhor e mais tempo para trabalhar em cima dessa questão. Os jovens de hoje podem ser os gênios do amanhã, tudo é questão de capacidade e de vontade.

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