quarta-feira, 10 de julho de 2013

Parlamentar em visita ao Morro da Mariquinha

Leonardo Contin


Políticos só encontram e escutam a população em época de campanha? A Coluna da Zona Eleitoral ficou sabendo que a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) subiria o Morro da Mariquinha na noite desta terça-feira, 9 de julho. O encontro foi orquestrado por lideranças da comunidade, que há anos buscam o poder público para pedir ajuda sobre suas demandas, mas raramente são ouvidos – se o Morro da Mariquinha, uma das comunidades mais próximas da Assembleia Legislativa é pouco ouvida, o que não se passa nos rincões mais distantes da capital?



A deputada iniciou a conversa falando de uma das vitórias do dia: a bancada feminina da Assembleia Legislativa, em reunião com o governador Raimundo Colombo (PSD), conseguiu derrubar a obrigatoriedade da estatura mínima de 1,65m para mulheres ingressarem via concurso público nos quadros da Polícia Militar em Santa Catarina. Não custa lembrar que, de acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE em 2010, a altura média da mulher brasileira é de 1,61m, ou seja, rolava certo preconceito nessa restrição.
Carminatti também relatou experiências vitoriosas de associativismo e de cooperativismo em municípios do oeste do estado, provando que com a união, a comunidade se fortalece e consegue transformar a realidade para melhor.

Moradores da região do Morro da Mariquinha relataram casos de violência contra a mulher, famílias com problemas com o álcool, a falta da coleta regular de lixo e a carência de espaços públicos de lazer e cultura para as crianças e adolescentes: “as crianças não têm onde brincar, não têm área de lazer, quadras de esportes ou uma biblioteca na comunidade”, dizia uma das moradoras. 

Outro morador lembrava que já há um terreno destinado à associação de moradores, onde poderia ser construída essa área de lazer, mas faltam recursos e a aprovação do município para a obra. E citou outro problema que deixa a comunidade com medo: “no alto do morro há pedras correndo risco de rolar a cada chuva. As autoridades do município nada fazem para evitar uma tragédia”.

A deputada orientou a comunidade com relação à Lei Maria da Penha – no que tange aos casos de agressão – e sugeriu, ao final, que seja construído coletivamente um plano de metas e objetivos, um documento simples em que coloquem suas principais reivindicações e necessidades – convidando lideranças do bairro, das igrejas, das escolas, formando um documento que consiga abranger as necessidades mais urgentes dos moradores. E se comprometeu a ajudar nos encaminhamentos junto à Prefeitura de Florianópolis assim que a proposta estiver pronta.

Num momento em que a classe política sofre com ataques (na grande maioria, justificáveis) do povo de todos os lados, dá certa esperança saber que ainda há políticos dispostos a ouvir e a dialogar com a população fora do período das campanhas eleitorais.
A Coluna da Zona promete também acompanhar as reivindicações do Morro da Mariquinha nos próximos meses.



Um comentário:

Ir. Salete Placido disse...

Como é bom ver que essas atvidades, em prol da comunidade do Morro da Mariquinha, podem sim receber apoio dos meios de comunicação, como é o caso do jornal Estopim. Valeu Leonardo Contin.