segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dossiê Estopim - Sete pecados papais

O Editor

Eu não cometi pecado nenhum!
Os jornais erram quando se deixam pautar pela burrice dos passionais. Os periodistas têm que acordar sedentos para pautar o mundo. Na faculdade de jornalismo, entretanto, alguém disse ou dirá aos estudantes que o jornalismo não deve interferir no mundo. Tal apontamento despertou, neste editor, a ira.

Dizem os mestres: o jornalismo tem que ser a crônica do dia e não o médico (nem se for cubano!). Tem que ser como o analista e encher o leitor de perguntas, imputar-lhes dúvidas em vez de ser como o cozinheiro possuidor de receita apetitosa e saudável, capaz de despertar fome em estômago cheio. O cozinheiro que provoca a gula, saciará nosso pecado com reais que financiem um sítio digital.

Não é possível! No mundo de hoje, os jornais se pautam pelo mundo das subcelebridades, de celebridades bobinhas e com um sorriso falso como o do... deixa pra lá... Há que se negar audiência ao horror. Indiferença ao fútil exageradamente vaidoso e belo. Estopim és o jornal mais belo deste mundo, criado caprichosamente pelas mãos de um artista maluco.

Na semana que se foi, um sublime sorriso apareceu duas vezes nas páginas do Estopim. É o editor quem vos fala e lembra-se muito bem de ter editado o sorriso dental do fantoche católico nas duas oportunidades. Ora o sorriso era lindo, ora falso, evidenciado uma tal de duplicidade. O jornal enaltecia sua riqueza e heterogeneidade editorial. Exibíamos nosso luxo.

Dúbio. Forasteiro. Insano. Capaz de acalmar o coração dos fiéis com todo o amor do mundo. Quase em tom divino, claro, quase em tom divino a mensagem do senhor é estampada em TODOS os jornais do mundo. Nos impressos e nos digitais. E assim tem que ser, porque se o digital faz, o impresso precisa imitar, porque é invejável a trajetória inicial do digital, capaz de preanunciar a morte da rotativa. Foi assim também no Estopim.

É a força da subjetividade. Desconfie, leitor, da ignorância abençoada que os jornais transmitem a você. O Estopim, nesse momento, está obedecendo a lição do professor: o jornalismo tem que ser a crônica do dia! Quando você espera que os jornais sejam críticos, severos, opinativos e verdadeiramente importantes, eles amanhecem preguiçosos nas bancas, exibindo uma cobertura fétida e nojenta.

Imagem da orgulhosa CNBB 
A crônica do Estopim percebe e conta que o mundo deu espaço demais para a hipocrisia papal, escondida na simplicidade. Não estamos reconhecendo que erramos em dar vazão ao sacro, (ou seria sacripanta?), mas assumindo que, graças a Deus, Francisco já sobrevoou para longe e ufa, pelo menos ele é diferente, não utilizou avião da FAB, o Brasil não mais esbanja dinheiro público em besteiras. O Brasil é um país avarento.
Crédito Imagem 1- www.tribunadehoje.com

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