terça-feira, 9 de abril de 2013

Tomate nega parceria com Eike Batista

Repórter Ping-Pong


Tomate emocionado
Depois de falar com o secretário do assessor do empresário do Tomate, consegui agendar uma entrevista com o fruto. O bate-papo ocorreu no Direto do Campo, em Florianópolis, e conversamos principalmente sobre a supervalorização dele.

Tomate é um fruto esclarecido, calmo e visionário. Para ele, não interessam 15 minutos de fama. O fruto falou em criar um endereço eletrônico contando sua história e origens. Cauteloso, negou parceria com Eike Batista, pois, para ele, o empresário brasileiro não é bom negócio.


Repórter Ping-pong: Tomate, obrigado por aceitar a entrevista sem nos cobrar nada.

Tomate: Sem problemas! Disponha.

Ping: Algum dia passou pela sua raiz a ideia de que valeria tanto?

Tomate: Olha, admito que não. É a melhor fase da minha existência na terra. Eu e muitos tomates temos uma longa história na alimentação das pessoas.

Ping: Como você se sente quando as pessoas te confundem com uma verdura?

Tomate: É complicado viu. Mas eu não posso exigir que as pessoas saibam diferenciar. Afinal, os frutos geralmente são comidos como sobremesa. E, no meu caso, não. Eu faço parte das saladas e sou mastigado e engolido junto com a comida.

Ping: A vida resolveu sorrir para você e agora estás supervalorizado, aparecendo na mídia e tudo mais, você acredita que as coisas mudarão?

Tomate: É um momento importante de transição na minha história. Desconsiderando a época da inflação, quando os preços variavam absurdamente em um dia, não é comum que os alimentos passem por uma ascensão social exorbitante como a minha.

Mas não quero parecer mala. Sei que a fama pode durar 15 minutos e por isso me cerquei de gente competente que cuidará da minha carreira. Por isso, acredito que as coisas podem mudar e para melhor.

Ping: O que especificamente?

Tomate: Ah sei lá. As laranjas, por exemplo, já têm um site que é o Laranjas News. Estou pensado e, talvez, terei o meu também.

Ping: E quanto a parceria com Eike Batista, vocês fecharam?

Tomate: Não! O Eike já não é o brasileiro mais rico do país. Não é negócio para mim.

Ping: Sinceramente, a mídia vem divulgando que você não atingiu a safra esperada. Isso foi de propósito?

Tomate: Jamais! A comunidade tomateana está um tanto entristecida por conta de que muitos de nós, nessa safra, não passaram de frutos natimortos. Aliás, é um momento paradoxal. Estamos felizes pelo reconhecimento e por causa da supervalorização dos tomares que nasceram, por outro lado, estamos infelizes porque muitos não tiveram a mesma sorte que a minha.

Ping: E a quem você atribui a culpa então?

Tomate: A culpa é das bactérias!

Ping: Fale sobre o extrato de tomate já que extrato é um termo bancário. Isso é alguma mensagem subliminar? Vocês já imaginavam que esse dia chegaria?

Tomate: Como eu disse anteriormente, não. Temos um passado humilde. Somos muito simples. Somos populares sabe? Porém, simples, estamos para os frutos assim como o Gol é para os carros. Somos para os frutos assim como os pernas de pau são para a seleção do Brasil desse ano. Enfim, somos a cara da simplicidade. Agora, a vida é outra.

Ping: Você acredita que existiria essa possibilidade caso o sistema financeiro vigente não fosse o capitalismo?

Tomate: Acredito que não! O capitalismo é o menos vil dos sistemas. A exploração existe, mas a possibilidade de ascensão também.


Ping: Pra encerrar, o que você acha da música de Tomate?
Me ame!
Tomate: Aquele que toca axé, ou pagode, sei lá, e diz que é reggae?

Ping: sim!

Tomate: Ele está para nós assim como Marco Feliciano está para os atores da Globo: não nos representa!

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