sábado, 13 de abril de 2013

Cara de um, focinho do outro

Fotógrafo canadense coloca o pé na estrada e encontra pessoas tão parecidas que nem elas acreditam

Rafaela Bernardino


Achou? Até demais? Caso você esteja procurando a semelhança entre os dois na foto acima, e jurar de pé junto que essas criaturas são de irmãos, sinto informa-lhe que são pessoas sem qualquer ligação consanguínea. Ou seja, estranhos, de famílias diferentes e até de outras cidades. A semelhança quase brutal entre desconhecidos foi uma das razões para o fotógrafo François Brunelle sair de Montreal, no Canadá, justamente à procura das criaturas. O conjunto foi tão bom que chegou a criar a série "I'm not a look-alike".

Como pode existir pessoas tão parecidas umas com as outras? Somos todos da mesma fábrica separados pelo nascimento? A explicação pode vir da ciência. Segundo uma pesquisa feita por médicos do Reino Unido, o padrão de eletroencefalografia (EEG) pode explicar a situação. O projeto continha 24 pares de fotos com pessoas diferentes de uma mesma raça e uma pessoa com várias expressões faciais. Os retratos foram mostrados a voluntários caucasianos e asiáticos.

Enquanto analisavam as imagens propostas, os pesquisadores guardaram as atividades cerebrais realizadas por eles durante o teste. O que pode ser observado é que ao mostrar o mesmo rosto duas vezes a alguém, o nível de EEG fica em um certo padrão de comportamento. Embora, ao olhar faces de raças diferentes do voluntário, o neurônio assimilou as duas pessoas como a mesma. Ou seja, segundo os pesquisadores, isso pode significar que indivíduos que vivem com povos de outras raças podem identificar melhor os outros. Será que François Brunelle convive com uma fartura racial?

Podemos ver semelhanças enormes no meio artístico também. Quem não enxerga praticamente uma cópia entre Deborah Secco e Fernanda de Freitas ou Rachel Weisz e Mayana Neiva? O negócio está brabo, nem a identidade visual é exclusividade nossa!


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