sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quem usa telefone público?

Dia desses eu precisava usar o celular e minha operadora estava colaborando maravilhosamente. Minha única alternativa era mesmo usar um famigerado orelhão, ou o vulgarmente chamado de telefone público. Foi naquele momento que me dei conta: os coitados foram praticamente abandonados. Uma ninhada sem rumo. Quem hoje usa um troço desses?

Se formos imaginar a quantidade de tecnologias que surgiram nos últimos dez anos, o coitado do orelhão ficou, e muito, para trás. Lembro ainda quando tinha dez anos e a única forma de se falar quando se saía de casa era usando o orelhão. Celular? Tijolão? Só depois de uns anos. As bancas vendiam os cartões com saldos para você fazer uma ligação. E era só uma mesmo: uma discada e lá se foi seu dinheiro. Fora o design do cartão: cheio de desenhos, coloridos. E será que isso ainda é vendido? 

Convenhamos: quem tem um Galaxy não precisa de um orelhão, né? Mas é aí que está o engano. Digam-me um telefone público sem sinal? Com problemas na operadora, fora de área? Não existe! O forte orelhão, com o seu "ão" bem robusto, ganha disparado desses telefones "meia-boca". Claro, tirando todas as vantagens que um celular possuí e que o popular não tem. Mas e aí que eu pergunto: quem se importa?

A principal função de um telefone celular é ligar, oras. Quando você vai ao orelhão quer ligar, porque é justamente a única e verdadeira função do seu celular e que não regula muito bem. Quem imagina que as vantagens de se usar um orelhão hoje em dia é pouca, não é não. Quem não gostaria de ouvir a voz sedutora e repetitiva da moça: "Diga seu nome e a cidade de onde está falando". E eu ainda recordo de dizer isso quando era criança. Bons tempos. 

Tudo bem, chega de defesas à ninhada perdida. A verdade é que só precisando com urgência usar um telefone público que percebi como está ficando obsoleto. A massacrante maioria das pessoas possuem celular e raramente recorrem ao orelhão, justamente porque o celular faz a função de ligar a cobrar. O orelhão só sobrevive, ainda, graças as derrapadas de sinal das operadoras. Infelizmente, daqui há um certo tempo vamos dizer aos filhos e netos que usávamos telefones públicos e eles vão rir de nós."Orelhão? Que coisa mais antiga!"

Nenhum comentário: