sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Hotel Presidente

Leonardo Contin

Do aeroporto ao hotel, trânsito tranquilo. A imagem que tive de cima, de cidade pacata à noite, se confirmou embaixo. Cruzamos poucos carros, num trajeto de cerca de 10km. Avenidas largas, prédios antigos – porém, não tão mal cuidados como sempre ouvi falar – e um clima diferente de todos os países que já visitei, parece que entramos num filme russo, inexplicável, só vindo a Cuba para compreender. O hotel deve ter sido dos mais luxuosos da ilha até a década de 1950. No hall de entrada, muito dourado, num lado poltronas antigas, suntuosas, charmosas e do outro um piano e instrumentos musicais caribenhos. 

Apartamento 209, de frente para uma escola. Escola pública, hotel público, táxis públicos. Tudo é do governo. Os funcionários do hotel são funcionários do governo. Turistas europeus nos aguardavam na chegada. Descobri que não há nenhum brasileiro hospedado neste hotel. 90% são europeus. O quarto também parece ter parado no tempo: móveis antigos, armário e cama de madeira bem trabalhada, tudo muito bem conservado. E tudo funciona! Um dos mitos que ouvi no Brasil era de que a televisão não funcionava, o chuveiro não teria água quente e não haveria ar condicionado. Em que ano estiveram em Cuba os trogloditas me disseram isso?

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