quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

De malas prontas, o Estopim decola para a Europa

Notas ao Leitor

Acho que ter uma coluna, independente do lugar onde ela é veiculada, é um grande desafio. Temos nas mãos um espaço só nosso para falar o que vier na telha e com a possibilidade de dizer: a opinião é minha, dane-se. Aqui dá para gritar, cogitar, imaginar, afirmar, contrariar. Liberdade que para quem deseja iniciar o jornalismo do zero, numa redação, sendo foquinha, não podem ser pensada.

O que posso dizer a você, leitor, sobre esta coluna? O que vou escrever todas as quartas-feiras? Não tenho uma área definida, nem posso me dizer expert em nenhum tema como literatura, música, política. Mas sei contar histórias. Não é isso que o jornalista faz? Uma coluna pode ser apenas de artigos de opinião, artigos científicos, crônicas, resenhas, poesia, não importa. O que faz uma coluna ter vida é quem a faz e não o estilo de texto.

No mais, apresento meus cinco significados para essa coluna: À Flor da Pele, exp.fem. 1. autodefinição 2. explosão de sentimentos e desejos 3. intenso e expressivo 4. vontade de mudar o mundo 5. rebeldia ainda inocente.

De malas prontas, o Estopim decola para a Europa

Histórica, moderna e cosmopolita. Ano após ano, a capital da Inglaterra atrai milhares de turistas de vários lugares do mundo em busca do que Londres tem de melhor para oferecer. Cenário de grandes escritores como Charles Dickens, Agatha Christie e Virgínia Woolf e de histórias lendárias como as de Sherlock Holmes, as ruas londrinas têm muito a dizer.

Aqui, em Florianópolis, o verão começa a dar sua cara. Após alguns dias chuvosos, o sol desponta e o calor de 40° C volta junto com os argentinos e as praias entupidas. Lá, em Londres, o rigoroso inverno afugenta os turistas e a deixa mais barata e visível. A partir do dia 16 de janeiro esse espaço abrigará, por dois meses, oito reportagens sobre a capital britânica vista à flor da pele.

Não se pode olhar para a Londres de hoje sem reconhecer o enorme leque cultural que ela oferece. Há uma variedade de restaurantes indianos, japoneses, italianos, brasileiros, chineses, americanos, mediterrâneos, assim como os imigrantes, que misturados aos nativos, ou em comunidades nas dez regiões da cidade, tornam-na um destino universal. Em West End, por exemplo, no Bairro Soho, duas quadras são destinadas aos chineses.

Chamada de Chinatown, a comunidade oriental trouxe sua arquitetura, alimentação e costumes para a Inglaterra. No início do mês de fevereiro, quando os chineses comemoram o Ano-Novo, Festival da Primavera, a festa nas ruas Lisle e Gerrard está garantida.

Da Chinatown rumo ao tradicional e luxuoso Bairro Chelsea. Lá está a sede de um dos mais queridos times de Londres, o Chelsea Football Club. Também encontramos um restaurante brasileiro muito aconchegante que no almoço serve um dos pratos típicos do Brasil: a feijoada.

Londres propõe uma volta ao passado. Não é possível pisá-la sem sentir o cheiro de história pelas suas ruas. Apesar de a arquitetura moderna estar ganhando corpo, principalmente na região da City, a capital tem preciosidades arquitetônicas seculares como a Torre de Londres e a Abadia de Westminster que ajudam a manter a identidade biográfica da cidade.

Vírginia Woolf, uma vez, escreveu que ninguém pode se considerar um expert sobre Londres se não conhecer um verdadeiro cockner (um nativo da cidade). É preciso dobrar uma rua, ir para longe das lojas e dos teatros . Só assim para enxergar Londres além de sua imagem. 

Não se conhece uma cidade sem ir em busca de sua alma, e esta é encontrada naqueles que fazem da capital inglesa um lugar incrível. Saímos daqui para desvendar seus segredos, o que ela esconde entre seus imensos parques, inúmeros museus, palácios, igrejas e estátuas. Vamos atrás de rostos, vozes, sentimentos, expressões e histórias.




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