sábado, 1 de dezembro de 2012

Pichar monumentos históricos

Por que diabos as pessoas fazem isso?

Já é de praxe muitos picharem muros, e em todos os lugares que veem pela frente. Mas por que será que pichar monumentos históricos virou tradição? Parece até uma regra: "É monumento? Vamos pichar com algo interessante". O pior: não é realmente algo instigante ou um desenho em 3D, aliás, coisa que os pichadores fazem muito bem. Ao contrário: é um coração escrito Carlos ama Luiza. Inferno, não? E lá esse tal Carlos sabe quanto custa fazer um negócio daquele para ficar escrevendo essas coisas, digamos, não úteis para a sociedade?

É uma coisa que eu não entendo. Escrever em carteiras, bancos de ônibus, paredes. Pelo amor de deus, para que existe caderno? Pegue a caneta e escreva na folha! Simples! Cole um papel com o que você quer dizer, para quê estragar os patrimônios alheios? Neste aspecto concordo com o Felipe Neto quando ele diz que “a coisa não faz sentido”!

Como toda ideia tem um contraponto, eu diria que descobri exceções em ideias para lá de criativas. Este foi um achado que encontrei no banheiro feminino do CCE, na UFSC, no andar do curso de Letras. O pensamento foi ótimo e as mensagens são realmente engraçadas, já que o banheiro é um lugar onde não há nada para fazer a não ser olhar para as paredes. Não é algo grave e não interfere tanto assim, a não ser na poluição visual do lugar aonde as pessoas irão para fazer coisas que todos sabem o que são.

Outro local que achei pichado foi no Ceart UDESC, com, digamos, mensagens para lá de obscenas. A criatividade reina em lugares em que é convidativo e interessante escrever, como neste caso. O centro é artístico e nada mais incrível do que soltar a mão no ambiente propício.

Mas em monumentos? Para que estragar algo assim?

O delinquente que tem a mão solta para escrever, adora reclamar da má qualidade do ônibus, mas ajudar a preservá-lo sem pichar é algo impossível de ser feito, não é? Mais um registro dos famigerados em monumentos históricos da praça XV de Novembro, no centro de Florianópolis.

Assim fica difícil manter monumentos históricos ou ter, pelo menos, um ônibus decente sem pichações. A educação, pelo jeito, ficou dormindo em casa. Parem de estragar monumentos com declarações amorosas, escrevam bilhetes! De preferência em papel reciclado. Entregue para a sua amada: ela será eternamente grata. E nós também! Por obséquio!
Crédito das fotos: Rafaela Bernardino
Rafaela Bernardino

Nenhum comentário: