terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olimpíadas e pingos sobre mim no Estopim

Como o homem de terno preto disse para toda aquela multidão eloquente em Londres neste último Domingo: 

"We did right!"

E depois seguimos nos arrepiando com o espetáculo ou show, não sei a expressão que fica mais bem colocada aqui, para enunciar aquele Evento de Finalização das Olimpíadas de Londres. Apenas um detalhe: O final estava impecável, os shows maravilhosos. Até mesmo podemos sentir o gostinho delicioso da nossa Marisa Monte e nosso filé da atualidade, que milagrosamente, agrada ora a gregos, ora a troianos: Seu Jorge. Um Fenômeno! Isso, essa é a expressão correta que age como sinônimo para as Olimpíadas de Londres-2012 - Fenomenal!

Uma fusão de culturas tão linda. Tudo foi tão inspirador nesses últimos dezesseis dias: Povos unidos em um dos eventos mundiais que consegue entrelaçar países, como nas argolas ligadas, que simbolizam as Olimpíadas. Sendo esse entrelace tão “paz e amor”, união tratada no esporte, uma coisa tão pura, nesses tempos de guerras e lágrimas derramadas, em tempos de drogas pesadas e bala perdida. Que as Olimpíadas nunca acabem que elas aconteçam eternamente a cada quatro anos pois elas me fazem acreditar que pode haver paz mundial.


Eu estou chegando neste jornal. O Estopim ainda não me conhece, mas espera algo de mim. Assim como nas Olimpíadas de Londres que fizeram tudo tão perfeito e agora passa toda essa responsabilidade para o Brasil que terá que cumprir, mais do que expectativas, um cronograma rigoroso de exigências. Eu me preocupo um pouco por dois motivos: Assim como o Brasil precisa estar organizado para as Olimpíadas, eu preciso estar organizada para cumprir meu compromisso com o Estopim. No meu caso, Londres está no lugar de Thais (ela ama Londres, este já é outro assunto!), a ex redatora de Quarta- Feira. Assim como Londres, Thais fez um belo trabalho neste lugar que agora eu ganhei de presente. Agradecida e feliz, sou o Brasil, tendo a responsabilidade de fazer o mesmo que Londres fez nas Olimpíadas. Tudo perfeito. Espero conseguir manter o mesmo nível de trabalho feito em Londres no Estopim. Do fundo do coração, desejo muito não decepcioná-los, Estopianos!

Comparações à parte, o Brasil classificou-se em vigésimo segundo lugar nas Olimpíadas. Está bem. Não podemos ser tão exigentes. Somos um país em desenvolvimento, pois a expressão terceiro mundo não agrada a mim. Nos Estados Unidos as escolas oferecem ensino de primeira. Todos os tipos de treinos e jogos são ofertados aos alunos que já crescem treinando nas melhores condições. Tudo nos países ricos é muito mais fácil que aqui. O que conseguimos nas Olimpíadas provém do esforço de pessoas batalhadoras. É aquele velho papinho “sou brasileiro e não desisto nunca”, mesmo sem chance alguma!

Sem estrutura e apoio financeiro, os técnicos e atletas vêm treinando ano após ano daquele jeitinho brasileiro, com muito arroz e feijão e apoio psicológico, já que dinheiro que é bom, nada. São pessoas batalhadoras, que muitas vezes são julgadas por serem sonhadoras demais. Meninas pobres que vivem do esporte, em casas simples, decepcionam a sociedade, já que elas poderiam estar trabalhando como manicures, faxineiras e por aí vai. É uma vida sem glamour, mas mesmo assim, por aguentarem o tranco, são as nossas atletas que vão para Londres nos representar. 

Orgulho é o que eu sinto do Brasil e do nosso vigésimo segundo lugar. Tudo bem que trago aquela veia insuportável dos gaúchos, sou super bairrista. Precisamos aplaudir, nem que seja da frente da televisão, nossos esportistas que chegaram até Londres, apenas patrocinados pela persistência. Parabéns, Brasil. Parabéns a todos os nossos jogadores que fizeram o melhor que puderam.

Enfim, uma boa Olimpíada no Brasil a todos e a mim, um belo início Estopiano! Que seja assim...

Bruna Moraes

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