quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cartel? Impostos? Custo com transporte? O que justifica preços tão altos da gasolina em Florianópolis?

Além de amargar o mais caro lanche de aeroporto do país (jornais locais denunciaram, há alguns dias, que o preço de dois simples sanduíches e dois refrigerantes chega fácil a R$ 100 no aeroporto Hercílio Luz) e de preços astronômicos, durante o verão, de praticamente tudo que é líquido e serve para matar a sede dos seres humanos, os florianopolitanos (não necessariamente os nativos, mas todos que habitam nesta cidade) pagam também um dos preços mais caros pelo litro da gasolina na região da Grande Florianópolis. Gasolina que também é líquida em condições ambientes, mas que serve para matar a sede dos automóveis.

O Estopim enviou nesta semana uma equipe a alguns municípios próximos à Capital dos catarinenses e constatou que, em cidades como São João Batista, o custo médio do litro de gasolina é de R$ 2,59. Em Tijucas, o combustível derivado de petróleo tem preços que variam de R$ 2,43 a R$ 2,49. Essa cidade fica a apenas 50km de Florianópolis. Em Santo Amaro da Imperatriz, é possível encontrar o produto por R$ 2,58 o litro.

Fica a dúvida – e o Estopim abre espaço para o Sindicato Varejista de Combustíveis de Florianópolis apresentar sua defesa – do motivo pelo qual, na capital, os preços variam de R$2,60 a R$2,79, com média absurda de R$2,69. O custo do transporte não justifica, pois numa distância de apenas 50km, no município de Tijucas, o custo médio do litro chega a R$2,46 (R$0,23 a menos). Seria o custo com impostos? A falta de concorrência? Ou o que pesa mesmo é a ganância?

Adendo

Por falar em economia de combustível, acompanhamos, nesta quarta-feira, 18 de julho, o lançamento dos novos Volkswagen Gol e Voyage 2013, em Florianópolis. Além das novidades estéticas, os modelos, que figuram entre os automóveis mais vendidos do Brasil, ganharam novos motores, mais econômicos e eficientes, de acordo com a marca. Até aí tudo bem. O problema é que a Volkswagen já havia lançado os modelos Gol e Voyage 2013 em abril deste ano, sem nenhuma novidade em relação ao modelo 2012.
As montadoras têm por hábito lançar o modelo do ano seguinte no decorrer do ano anterior. Ou seja, em 2012 lançam a versão 2013, para que a pessoa compre o carro com a segurança de que até o início do ano seguinte (2013, no caso), o carro não receberá nenhuma novidade estética e não sofra, consequentemente, com desvalorização demasiada. Neste ano, entretanto, quem comprou o modelo 2013 do Gol entre abril e julho, com a confiança de que ele não mudaria até o fim do ano, sentiu o golpe. A Volkswagen estreia, com isso, uma nova modalidade: lançamentos 2013/1 e 2013/2 – mais uma forma de deixar o consumidor frustrado com um produto defasado na garagem.

Crédito das fotos: Leonardo Contin da Costa
Leonardo Contin da Costa

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