sexta-feira, 15 de junho de 2012

O sentido da vida e a vida sentida

Hoje vou falar sobre um devaneio que assola muitas mentes agitadas por diversas noites em claro. Quando a tela de sua vida anda repetitiva e em preto-e-branco, é preciso descobrir novos meios de colorí-la e dar novas sequencias à ela. Sim, preciso de novas emoções e a vida não anda pra frente, mas sempre existe aquela esperança mínima de que as coisas irão melhorar e que algo novo irá causar a mudança tão esperada. Essa esperança é uma engrenagem, quase enferrujada, que precisa ser polida diariamente, mesmo sendo um trabalho muito difícil e pesado.

Um dia, o pote de ouro no fim do arco-íris tem que ser encontrado. Mesmo se não existir algo assim, é preciso encontrar o sentido da vida! Sim, o sentido da vida, parafraseando o fantástico Monty Phyton.

Mas qual seria esse misterioso sentido da vida? Até então, desconheço o sentido da minha (a definição é algo singular e pessoal), mas acredito que o sentido, num âmbito geral, da vida seja, justamente, a busca incessante pela resposta em si.

Agora, algo que ultimamente não ocorre, é a vida sentida. As pessoas, inclusive eu, andam num mundo repleto de prazos e de individualismo, fazendo com que a vida não seja devidamente aproveitada. A vida só é vida se recheada de emoções, boas e ruins. A vida anda morta nos dias de hoje... Culpa de nós mesmos? Culpa do sistema e da sociedade? Culpa de Deus (se é que ele existe)?

Não há respostas fáceis, mas são respostas que nós podemos criar, subjetivamente, para tornar nossos intermináveis questionamentos, ao menos, solucionáveis. Fica mais cômodo e mais prático arrumarmos soluções na nossa cabeça, mesmo se forem irreais. A resposta pode ser o pôr do sol, pode ser acordar e tomar um café quente, pode ser até “42” como no Guia do Mochileiro das Galaxias. A resposta é o que menos importa. O que vale mesmo, é o significado que damos para esse questionamento tão oportuno que nos faz refletir e refletir.

A verdade é que talvez nunca encontremos o sentido da vida, mas podemos sentir que é possível decifrar o enigma da esfinge antes que ela nos devore. Aliás, precisamos sentir a vida para darmos um sentido a ela.


Felipe Kowalski

3 comentários:

Luma Rosa disse...

Ah, Felipe!! Lendo esse texto eu tinha que comentar! Acho que poderia participar da blogagem com esse texto, mas é coisa de menino? Não entendi o "Guia do Mochileiro das Galáxias" se inserir no texto... Bom fim de semana!!

Felipe Kowalski disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Felipe Kowalski disse...

Oi, Luma. Não é "coisa de menino", fique tranquila. Então, alguns dos meus textos possuem várias referências à outras obras. Nesse caso, no "Guia do Mochileiro das Galáxias", que é uma série de ficção científica/comédia inglesa (que mais tarde virou um filme), a resposta para o sentido da vida e para todos os questionamentos universais é simplesmente "42". Claro que isso não faz muito sentido, mas é uma tirada típica de humor inglês.
Enfim, eu só relacionei as respostas que damos para o sentido da vida com a série naqueles exemplos. Espero ter respondido. Muito obrigado, bom fim de semana para você também!