Conhecido por reunir uma arquitetura diferenciada, o Museu Histórico de Santa Catarina traz o passado em suas costas e o presente em suas mãos.
Foi no século XVIII que o brigadeiro José da Silva Paes iniciou a construção do que seria hoje um dos mais importantes museus do estado. Intitulado, no passado, como “Casa de Governo”, o palácio exacerbava recepções e bailes que passaram a acontecer com mais frequência depois da independência. A data de sua inauguração é até hoje uma incógnita, sendo as primeiras referências feitas por viajantes. As mesmas madeiras que receberam D. Pedro I e II, D. Tereza Cristina (1845) e quase todos os governadores do estado até 1954, hoje recebem a população interessada pelo antigo cenário político, arquitetônico e cultural da cidade.
No dia 4 de outubro de 1977 surgiu o Museu Cruz e Sousa, sediado na antiga Casa da Alfândega. Apenas anos depois, em 26 de janeiro de 1984, com a transferência da sede do governo estadual para outra edificação, o museu passou a ser no Palácio. Foi, então, tombado e inaugurado, sendo reconhecido como um patrimônio histórico de Santa Catarina.
Algumas escavações já foram feitas no local e vários tipos de peças de fianças inglesas foram encontradas. Louças finas ou de barro passaram por processos de cozimento e torneamento nas olarias da região de Florianópolis, tornando-se mais uma parte da história do museu. A cerâmica também marcou presença com padrões decorativos africanos, o que remetem à grupos humanos mais humildes fazendo parte do cotidiano do palácio.
No Palácio Cruz e Sousa, as escavações procuraram informações materiais que permitam entender e conhecer um pouco mais da casa de governo. |
Existem também, pequenos espaços dentro do prédio, onde amostras culturais são dadas. Nessa semana, o local traz os quadros do fotógrafo manezinho Joel Pacheco, com o título “Anjos Açores e de Florianópolis”, que retrata os anjos das mais diversos museus e casas culturais da ilha da magia e de Portugal.
“As minhas viagens são sempre cheias de surpresa e eu tentei capturar esses momentos preciosos com devoção e com o olhar ingênuo de uma criança.”
Atualmente a área virou atração não só turística, mas de descanso. Não é incomum encontrar reuniões de amigos sobre seus jardins ou até mesmo pessoas lendo livros e tirando fotos. O museu, sobretudo, transformou-se em um cantinho aconchegante dentre os fios elétricos da cidade. Um lugar onde se pode buscar a paz, a cultura, a história, a vida.
Rafaela Bernardino
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