domingo, 8 de abril de 2012

Estudando (e comprando, comendo, se divertindo) em Nova York

Você acha que intercâmbio é sinônimo de: 1) ficar longe dos pais; 2) comprar, comprar, comprar; 3) ficar o dia inteiro passeando e conhecendo lugares novos; 4) comer só hambúrguer e pizza; 5) não ter que lavar roupa; 6) ir em todas as baladas que existem?

Sinto muito em informá-lo, mas a vida de intercambista não é bem assim não. Primeiro: a gente estuda! Esse, afinal, é o motivo pelo qual nossos pais pagam para nos mandar para fora. Pensa que patrocinar uma viagem dessas é fácil? Mas vou te dizer uma coisa: se você for fazer um intercâmbio daqueles de um mês, em que você vai para estudar inglês, a parte do estudo é bem gostosa. Eu, por exemplo, estudei na Kaplan Empire State, em Manhattan. Sim, a escola era NO Empire State Building. O sexagésimo terceiro andar era povoado por estudantes dos mais variados países. O lugar até que não era barulhento, mas, no período entre as aulas, inglês era a última língua que você ouvia.

Eram 4 horas de aula por dia, mas passava voando. Sempre tinha gramática, o que era mais maçante. Mas a parte prática era realmente divertida. A gente jogava, recriava programas de auditório, assistíamos aos filmes...Além disso, todo mundo contava um pouco sobre o seu país, a cultura, os hábitos. E essa era a parte mais legal. Por exemplo: você sabia que os coreanos, quando visitam a casa nova de alguém, levam papel higiênico de presente? É obrigatório. De acordo com eles, o papel higiênico sempre gira para frente, nunca para trás e é isso que eles desejam a família – que eles sempre avancem na vida.

Eles também eram curiosos sobre nós, brasileiros. Na minha sala, havia oito. Uma de Florianópolis, inclusive. Eles ficavam abismados com o som de palavras como ‘não’ ou ‘pão’ e tentavam nos imitar, mas era realmente muito difícil para eles. Eu também me arrisquei em várias línguas: alemão, francês, mandarim...mas, não deu muito certo.

Em relação as compras, não posso negar que comprei bastante. É tudo muito barato, tudo muito fácil de encontrar e é difícil controlar. Mas não consiste só nisso um intercâmbio, ok? As compras são apenas uma consequência. Diria que as experiências, as amizades, as verdadeiras lições de vida são o que ficam – e eu sei que isso soa meio piegas, mas pode perguntar para quem já foi intercambista e acredito que a pessoa vai concordar comigo.

Sobre comer hambúrguer, pizza, hot dog e todas essas coisas que a gente acha que vai comer, só digo uma coisa: isso vale para as duas primeiras semanas. Depois, você estará implorando pelo arroz e feijão da sua mãe. Comida de casa faz muita falta. E McDonald’s enjoa.

Nesse um mês que passei em Nova York, morei em uma residência estudantil, a New Yorker, que é, na realidade, os quatro últimos andares do hotel de mesmo nome. As dependências são bem mais simples que as do hotel, é claro. Os banheiros são de um verde-pistache esquisito, mas os quartos são muito bons. Tem telefone, internet e frigobar. No subsolo do hotel, tem uma academia e uma lavanderia. Sim, uma lavanderia! Ou você achou que as camareiras iriam lavar a sua roupa? Você compra um cartão e vai colocando créditos nele. Tem lavadoras e secadoras. Tudo muito prático.

Sobre as baladas, um aviso: você não poderá entrar se tiver menos de 21 anos. É, nos EUA é assim que funciona. Mas tem uns lugares alternativos que você pode ir. O pessoal da escola sempre ia no Tin Lizzie, um bar estilo pub que fica no Upper East Side. Eles não pedem identidade e o ambiente é bem agradável.


Vai dizer que não dá vontade de viajar?

Bruna Carolina

3 comentários:

Anônimo disse...

Quero ir pra Nova York também!

Rafael Matos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Fui intercambisna no Canadá por duas vezes e é isso mesmo. É bom demais! Não vejo a hora de um dia poder cair na estrada de novo!