Ganhar o sustento transportando pessoas em micro ônibus não é fácil e é assim que Vilmar José Jacob, de 42 anos ganha a vida há uma década "Esse é meu ganha pão. Assim , não adianta a gente estar chorando toda hora, estar com cara ruim, porque daí mais vale o cara fazer de tudo para tentar ficar um pouco rindo né?! Pior é ficar chorando pelos cantos igual a mulherada aí".
De origem portuguesa, Vilmar com seus tratos açorianos, estatura baixa sobrancelhas grossas, cabelos pretos, rosto marcado pelo tempo, prefere ser motorista de fretado universitário "Trabalhar de segunda a sexta é bom o que custa são os dias inúteis, trabalhei quatro meses com criança e não gostei, é muita responsabilidade" característico manezinho da ilha tem sotaque rápido e arrastado que já vem desde os tempos de infância quando morava numa fazenda em Biguaçu.
Possui um veículo passageiro Marcopolo Vollare W9, cor prata, adquirido há quatro anos, leva e traz estudantes da Unisul. Sua ferramenta de trabalho tem lugar para 32 passageiros, poltronas cinzas gastas, cortinas vermelhas, TV LCD, ar condicionado e recentemente luz negra.
O trajeto diário de Florianópolis - Palhoça é desgastante com buzinas, freadas e palavrões. O motorista opta por não se desgastar no trânsito "Eu tento fazer de tudo para não brigar com ninguém, mas tem vezes que dá vontade de parar o carro e encher a pessoa de pau". Aventureiro, José tem que achar maneiras de fuga para o congestionamento, nunca se prende a apenas uma rota "A chuva faz a gente descobrir novos caminhos, eu não sei o nome das ruas, mas todo o semestre tenho que mudar o roteiro, é sempre assim, hoje é aqu,i amanhã é lá".
Vilmar é famoso por sua risada inconfundível, conhecida pelos passageiros do fretado e colegas de profissão "A risada do Vilma parece com a do scooby dôo" observa a estudante de direito,Aline. O motorista tem orgulho de sua marca "Minha risada é famosa e registrada"
Crédito das fotos: Bianca Queda
Bianca Queda
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