terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pseudo igualdade

De uns Anos pra cá é explícito o forçado modo de pensar antirracista, anti-preconceituoso, mas há controvérsias na defesa de tal argumento tendo em vista o desapego que os, então prejudicados, têm quando lhes convém esquecer tal igualdade e beneficiarem-se do "subjugamento" da sociedade.

Fatos recentes me levaram a repensar o que leva alguém a ser o que é, será mesmo só o status seu pedestal ou escada impulsionadora? O modo com que você se vê não influencia naquilo que buscas? Te julgues como autoflagelado e te sacrifiques em nome daquilo que mais criticas.

O Brasil tem uma presidenta, a maior potência do mundo é comandada por um negro e são motivos de orgulho e espelho para lutar contra as barreiras, ou não? Desde que tenho consciência suficiente para discernir o que é certo do que é errado brigo contra os racistas e condeno qualquer tipo de manifestação precedida por este pensamento, mas não consigo aceitar que pessoas que se rebelam, ao menos em palavras, contra tal preconceito tirem proveito da situação em que são subjugados.

Criticamos os pedintes, mas o que faremos um dia se perdemos tudo e precisarmos de umas moedas que nos levem para casa, fazemos críticas àqueles que põem crianças na porta de orfanatos, mas cuidaríamos de alguém sem lhe dar o mínimo de conforto? O fato é que criticar por simplesmente criticar, é muito fácil, tomar posição honesta e ortodoxa ao modo de pensar já dificulta a situação.

Certo dia em uma conversa descobri que uma moça recebia uma pensão do poderio militar por ser filha de um ex-combatente. O fato inusitado não é este, nada anormal de ver um filho dispor dos saldos deixados como herança, o inusitado é que seus irmãos, por serem do sexo masculino, não recebem esta mesma graça. Por que?

Pensemos então que a filha dependia do pai, que seria mais frágil, incapaz de erguer-se com as próprias pernas formando uma vida através do próprio suor. Seus irmãos por serem homens fazem parte do gênero capaz de tudo isso.

Agravante ou não, se tratava de uma tal que rebela-se a todo momento contra diversos tipos de preconceitos que sofre, seja este racial ou por gênero; Agora não reclama nem um pouco de receber uma bolada no fim do mês, nem se pergunta o porquê ou como vem antes de pensar em quando vai gastar. Nunca vi um sapo voltar a ser girino, mas volta e meia aparecem uns vivos que se fazem de mortos só pra terem onde se deitar, nem que seja a sete palmos da superfície.

Adilson Costa Jr.

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