quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Digitalizado cérebro global

Aconteceu na noite do dia 20 de Janeiro de 2012, estiveram envolvidas mais de 5.600 pessoas. O maior ataque de hackers de todos os tempos encerrou vários sites do governo norte-americano. Membros de certas subculturas da Internet criam um movimento que veio responder ao encerramento do MegaUpload pelo governo dos Estados Unidos. Os responsáveis são eles: Anonymous, famosa forma de se referir às ações de pessoas em um ambiente onde suas verdadeiras identidades são desconhecidas. O nome foi inspirado no conceito de anonimato, no qual os usuários postam imagens e comentários na Internet, representando assim uma espécie de grupo sem nome ou referência. Vários indivíduos compartilhando o mesmo nickname.


"Nós [Anonymous] somos apenas um grupo de pessoas na internet que precisa - de um tipo de saída para fazermos o que quisermos que não seríamos capazes de fazer numa sociedade normal. ...Essa é mais ou menos a ideia. Faça como quiser. ... "
-Trent Peacock. Search Engine : The face of Anonymous, 7 de Fevereiro de 2008.
A atenção mundial do grupo veio quando uma série de protestos contra a Igreja da Cientologia formou o Projeto Chanology. Após uma entrevista de o ator Tom Cruise ter sido vazada no Youtube, a igreja pediu a remoção do vídeo. O grupo que já se tornou um cérebro anárquico global considerou isso uma censura na rede, assim eles formularam o projeto em resposta. Organizaram vários ataques de negação ao serviço contra sites da Cientologia.

Depois, sucederam ataques espalhados pelo mundo, como: invasão do fórum da Fundação de Epilepsia da América, protestos contra resultados da eleição presidencial de 2009 no Irã, Primavera Árabe, Operação Egito, Operação Tunísia, apoio ao Occupy Wall Street, Operação Malásia e Operação Síria.

Com poder e eficácia, os anônimos mostram que estão cansados como diz nosso querido Cazuza: de tanta babaquice, tanta caretice, da eterna falta do que falar. Com um conhecimento nas novas tecnologias eles provam que a internet é um meio onde pode se fazer ouvir. Como no dia seis de Janeiro, quando o grupo ciberativistas realizou a operação Robin Hood, atacando a agência norte-americana Stratfor e levantando dados de aproximadamente quatro mil cartões de crédito de grandes empresas mundiais. Logo os hackers começaram a distribuir o saldo dessas contas milionárias a orfanatos, asilos e casas de saúde espalhadas pelo mundo.

Temos que tirar o chapéu para eles, afinal eles usam todo o cérebro tecnológico para mostrar que nós da geração Y, somos tão revolucionários quanto à geração X. Mas agora em pleno século XXI, nossa revolução é digital. As passeatas, as manifestações de rua, os bazares de caridade são passado. Os anonymous causaram bastante dor de cabeça em grandes corporações, no governo americano, nos bancos. E ainda ouviremos muito sobre os ciberativistas, estão em várias partes do mundo, conectados para defender a liberdade na Internet, a liberdade de expressão, a igualdade. A internet não é um meio de comunicação de massa, afinal, estamos conectados por redes, cada um tem infinitas escolhas para navegar, não podemos ser censurados.

Mas não, não estou falando bem dos anonymous apenas porque se eu falar mal eles podem entrar no Estopim e nos hackear, pelo contrário seria notícia nacional e ajudaria a promover nosso blog. Afinal discordo de Horácio e Sebastião, não precisamos nem de contexto e muito menos de pretexto, o que falta é divulgação. Os anonymous até poderiam dar um empurrãozinho para a patota. Mas fica à vontade.


Bianca Queda

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