Foi em sete de outubro, se bem me lembro, a primeira vez em que falei mal deste tal de Estopim, em uma circunstância pouco ortodoxa: a minha estreia no mesmo. Não venho pedir desculpas, muito pelo contrário, venho satisfazer esse vício, que mesmo não tendo o número exato (como me pediria 14,28% da atual patota) sei que a tantos já assola.
Ahh... Quantas já são as líricas maledicências deste famigerado blog tão pequeno?! Confesso que não sei se por pouco, afinal já conseguimos reunir bastante coisa ruim, isso em tão pouquíssimos meses de existência; nossa produção de merda, ainda, em pequena escala, já é avassaladora, vejam como exemplo o Unisul Ontem que continua, já a tanto tempo, se esforçando para ser tão ruim. Mas enfim, estes são outros dramas. Nós temos e já tivemos bichas, loucos e burocratas, quando a oportunidade nos sorrir, nossa nova aquisição será um negro, obviamente porque as cotas nos obrigam. Vocês realmente esperavam coisa melhor quando, na primeira semana, nos debatíamos para parir a deformada ideia do que seria esse filho aleijado de nome Estopim?
Nós nos propusemos a ser sujos, irresponsáveis, irreverentes, uma bomba preste a explodir, me corrijam se eu estiver errado, mas nenhuma destas qualidades é positiva, então talvez nossas inimizades dentro e fora do Estopim são um modo de reafirmarmos nossa essência!... Meu Deus quanta besteira!!! É isso que acontece quando damos liberdade a nossos escritores; criamos esse mosaico de ideias, e por consequência, o caos ideológico que tanto reclamam, e claro, a má compreensão dos fracos em absorção e abstração de conteúdo.
Mas acho interessante como algumas reclamações são de praxe, dentro, fora e nos arredores do Estopim. Sempre que o assunto se aprofunda eu tremo esperando a pergunta que me fará buscar no mais profundo da minha criatividade insana uma resposta, "Mas o que é o Estopim?". Sim meus caros, talvez seja a natureza humana, mas eles querem filosofias, adjetivos, manual de redação, RG, CPF; não os basta lerem nossa ínfíma proposta de lazer, eles desejam saber quem nós somos? como sogros de um novo namoro declarado. "Então quais são suas intenções com a minha atenção diária?". Creio precisar esmiuçar dizendo quão desnecessária é essa identidade que todos procuram, mas sinceramente, não o farei! Já nos disseram isso, e por diversas vezes nós explicamos, explicamos, e novamente explicamos, ignorando a quantidade de vezes que já fora explicado, mas ninguém quer entender, querem só escutar e ler, dos mais diversos modos possíveis, por uma vazia realização pessoal. Enfim, querem as velhas piadas contadas por diferentes comediantes. Estamos acorrentados aos eternos ditames do rótulo.
Bem, as perguntas, queixas e clamores continuarão, de fato, como as tentativas de catalogar esse pequeno sítio, então não sei o porquê da concepção deste inútil dossiê, buscando a razão daquilo que não tem, mas nem tentarei achar-lhe uma réles justificativa, pois sei, já de diversas confissões, que muitos não compreendem o que digo, se fosse aconselhar diria para diminuirem as doses de rivotril e a comprar um dicionário, daqueles pequenos mesmo, e me aprofundaria na advertência com "ao permanecer os sintomas, um médico deverá ser consultado", mas como sei que pouco adiantaram meus conselhos, não vou me esforçar para ser claro, terminarei resumindo a face do Estopim com um frase de Montaigne:
"Ce ne sont pas mes que j'écris; c'est moi, c'est mon essence"
Gessony Pawlick Jr.
Gessony Pawlick Jr.
...aguardando reclamações
Um comentário:
Muito bom, ótimo texto (sem querer ser puxa saco, mas já sendo)!
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