terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sempre há saída


Hoje as empresas estão vendo as peças teatrais como forma de divulgação de seus nomes, e o patrocínio dessas empresas muitas vezes é que paga os salários dos responsáveis pelo espetáculo e com isso ainda que não seja o governo responsável por financiar esses projetos, o dinheiro acaba chegando de outros modos

Atriz há 22 anos, Andréa Padilha, formou-se no curso de teatro da UDESC, já atuou em países como Espanha, Portugal e Argentina e diz que não é tão difícil viver de cultura. Para conseguir mais recursos para produzir ainda mais espetáculos, muitos artistas estão migrando para o financiamento através de patrocínios de empresas privadas, que através de premiações dão a estes artistas ainda mais chance de promover a cultura no Estado.

Estas empresas privadas incentivam os artistas financeiramente através da lei Municipal de Incentivo à Cultura, que também é conhecida como Lei do Mecenato, ou através da lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.Com essas leis os impostos que seriam pagos anual ou mensalmente pelas empresas ao governo, como IPTU -Imposto Predial e Territorial Urbano- e ISS -Imposto Sobre Serviço-, imposto de renda são abatidos em forma de incentivo á cultura. Quando contemplado o grupo teatral deve, segundo a lei, justificar todos os gastos propostos no projeto do espetáculo através de um relatório contendo todas as notas fiscais.

Um outro fator muito aproveitado pelos grupos promotores de cultura, são os festivais feitos pelas empresas, que independente de lei ou de abatimento fiscal determinada empresa subsidia os gastos do grupo vencedor do festival .

Andréa Padilha informa que chegou a ganhar entre três mil e três mil e quinhentos reais nos meses em que atuou por todo o Brasil e no exterior com a peça “De Malas Prontas”. Segundo ela “teu salário depende do teu trabalho, se for bem feito vai ser bem remunerado“. Apesar de toda a dificuldade para conseguir aprovação para um projeto, Andréa não acha que seja precário o estímulo à cultura no estado, já que este incentivo pode vir do governo ou de empresas não públicas, dependendo da instituição pedinte.

Adilson Costa Jr.

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