terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Oi, Você vem sempre aqui?

Direi e estarei me contradizendo, assumo, a todo tempo neste texto, considerando o tema e a posição tomada perante o mesmo: A linguagem é uma convenção que foi criada para normalizar a comunicação e deve ser vista como tal.

Muitos são aqueles que projetam o olhar em textos a fim de encontrar um erro que responda pelo nível de conhecimento do autor destes, mas o que muitos consideram como primordial é na verdade secundário, em outras palavras, o importante é falar e ser entendido, a forma usada para alcançar o objetivo é simples e, considerando surdos e mudos, há um leque de opções que podem ser usadas para que haja uma relação entre as pessoas, opções que distanciam-se da norma culta da língua através da escrita.

O significado de comunicação é informação, participação, aviso. Expressar-se bem é elogiável, não desconsideremos, mas ninguém pode ser subjulgado por escrever errado, falar sem concordâncias corretas, afinal o que é correto? Há algum dono da verdade? Você participou do tratado que acertou que a língua portuguesa seria dessa forma? Ou você nunca tinha parado pra pensar nisso, e achou que só porque nascemos naturais do Brasil vem em nosso ADN (sigla em português do DNA em inglês) a maneira de falar que distingue o nosso povo?

Falamos assim porque um dia disseram que os brasileiros falariam o português brasileiro, que nao seria igual ao português de Portugal, mas teria as mesmas origens, que teríamos uma das línguas mais dificeis do mundo para o aprendizado, e não questionaram se seria necessário isso tudo, se os brasileiros seriam uma população amorfa por falar uma língua que dificulta o entendimento do interlocutor e que restringe o diálogo entre intelectuais, auto-considerados como tais, e mar de gente que tenta se incluir na praia que nao é seu lugar.

Sem mais milongas eu falo tu entendes , não entendeu? repito. Não entendeu novamente? Faço uma mimíca. Se ainda assim não entenderes, eu é que compreendo o que queres dizer com isso e, deliberadamente, procuro outro(a) a quem conversar.

Abraço e até a próxima.

Adilson Costa Jr.

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