terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Filho de peixe nunca vai ser crocodilo

Os que têm conhecimento científico explicam embasados na genética, os teólogos falam da herança deixada pelos pais quando procriam, e o senso comum é conivente com a convivência. Essas são várias formas de, tentar, explicar o modo com que os filhos, gerados ou não pelo casal, absorvem e retransmitem as características de seus criadores e as transmitem como, agora seus, princípios.

Levando em consideração o grande número de pessoas que se dizem "revolucionários" dos dias atuais ou aqueles que se dizem contra o sistema vemos uma expectativa que brilha aos olhos e faz crescer um sentimento de que outras pessoas virão, uma geração, que não seja a Coca-Cola, teria uma capacidade maior de discernimento que resultaria em um questionamento daquilo que é certo e errado, o que deve ou não ser feito. Mas ninguém pensa que por mais que sejam novos pensadores os ensinamentos que lhes são dados são antigos, os medos e anseios não diferirão das angústias enfrentadas por seus antecessores.

O comodismo não leva a nada, como dizia Sr. Isaac, um corpo em inercia tende a permanecer de tal forma, e estagnar no pesamento apocalíptico que não vê saída para a mudança da sociedade global é considerar o fim do mundo no próximo ano. Devemos engolir a lorota de uma história com novas pessoas que chegam e modificam tudo ao seu redor, para que haja uma esperança de um dia melhor, enganar a si mesmo às vezes nem é o pior, mas acreditar que algo só muda quando assim quiser é valorizar o próprio suor, considerar que em 2012 tudo vai ser diferente, vestirmo-nos de roupas brancas em uma petição de Paz durante a chegada do décimo segundo ano do segundo milésimo e pedir que este seja diferente de todos os anteriores.



"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
"
Autor: Belchior, Interprete: Elis Regina
Adilson Costa Jr.

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