domingo, 18 de dezembro de 2011

Aquela fração de segundo

           Perplexa, uma das leitoras do Estopim conheceu o endereço on-line no qual contamos nossas aventuras e devaneios. Ela dirigiu o olhar às fotos da nossa autoria e reclamou da qualidade de algumas. Após vinte segundos ela sabia o que dizer: vocês precisam melhorar! Sorrimos e concordamos imediatamente. Não satisfeitos, pedimos para ela redigir sobre a problemática. Hesitou um pouco, mas abordou o assunto com a destreza esperada e resolvemos colocar à disposição do mundo a opinião dela, que é semelhante a nossa, semelhante.
A Patota

Sinto saudade do valor inestimável que era dado à fotografia quando eram amareladas e reuniam famílias inteiras, momentos históricos, ou que muitas vezes era um único registro de infância.



Saudades da magia com que era vista em sua descoberta. Capturar um momento sem horas de tinta óleo e deturpação da realidade pelo artista, por desejo próprio ou comandado a tornar eventos mais “adequados” de acordo com seus interesses.



De quando ainda sentiam-se os ares de revolução aos jornais que não mais anexavam em suas manchetes imagens criadas, frutos do talento e desejo de quem dera as pinceladas. Era ela, agora, a real figura, a expressão nua, os sentimentos de alegria ou horror estampados tal qual nas ruas, de forma integral e pura.



Causa-me espanto encontrar jornalistas que não se apaixonam pelo que é a fotografia. Aqueles que fazem de sua vida a busca por fatos, não se encantarem por poder revelar a alguém o exato momento em que aconteceu; aquele milésimo de instante, em que se fez história, em que um herói cotidiano surge para novamente salvar o dia; o momento em que o cidadão foi salvo ou que se perdeu; as imagens de amor e ódio social.



Os vejo retratar fotografias sem jeito, por necessidade ou obrigação, mas e a verdade? O fato? O que se viu? Como foi, de verdade, aquele instante, as cores as luzes as impressões?



Já é mais do que antigo o dizer de que uma imagem vale mais que mil palavras. Ainda assim, insistem em escrever mil palavras e apoiá-las em imagens que não têm nada a dizer.


Crédito da foto: Não a Camila, que não enviou uma foto
sequer para esta postagens, lembrando que a mesma é fotógrafa.

Camila Martins

Um comentário:

Mila disse...

Haha, é para estimular a prática das fotografias próprias. ;D
Um abraço e parabéns pelo trabalho patota!

Com Carinho,
Mila Martins