quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O antigo amor ao circo

Encanto, magia, sonho. A sensação de entrar pela primeira vez em uma lona circense é única e inexplicável. As cortinas se abrem, o coração acelera e então se ouve “Respeitável Público”. As marchinhas tocam, entram palhaços, acrobatas, anões, trapezistas, equilibristas, malabaristas e mais de cem artistas.

Não importa a idade, cada vez que voltamos ao circo é como se nossa criança interior ressurgisse. Ficamos surpreendidos com as coisas mais bobas e simples. O circo não tem lugar certo, ele vai aonde o povo que o aprecia está. Enquanto existir o sorriso de uma criança ao ver um palhaço à arte circense continuará viva.

É estranho pensar que a “Magia do circo” não é mais a mesma, por mais que a evolução tecnológica tenha tornado os pequenos espetáculos e os mistérios que encantaram gerações ultrapassados, a arte de circo tem o seu charme e o seu valor.

Em seus espetáculos, artistas circenses mexem com as mais diversas emoções. Cheio de luzes, cores, movimento, tudo é real, sem efeitos especiais. Em uma mesma apresentação se vê o desafio à gravidade, com os saltos dos acrobatas, o suspense no momento em que o trapezista dá um salto e parece que vai cair, a curiosidade de saber qual será o próximo objeto que o mágico vai tirar da cartola, os tombos do palhaço, essa figura que sintetiza os erros humanos. Tudo isso mostrando o quanto é gostoso rir.

Através de seu caráter lúdico o circo estimula a imaginação. Equipes talentosas unem qualidades e habilidades ao charme, a beleza e a harmonia do ambiente, construindo espetáculos sedutores, onde os artistas mostram o que sabem fazer de melhor: divertir.

Uma vez li uma frase que dizia “O circo está para a China assim como o futebol está para o Brasil”, Daniel Gong Li. Na China, é muito comum você encontrar escolas de ginástica em cada esquina, são crianças brincando de fazer acrobacias. Os colégios incentivam a arte circense, existem até matérias de circo dentro da grade curricular. Logo, entende-se que a apreciação do circo é cultural e passa de geração para geração. Algo que não ocorre no Brasil, o que vemos aqui são pais passando camisetas de time para seus filhos, entregando antigas chuteiras e coleção de álbuns da copa.

Por que não trocar uma ida ao estádio de futebol ou shopping center para dar uma espiadela no circo mais próximo? A magia do circo não pode acabar o espetáculo precisa continuar. Está na hora de redescobrir esse mundo que já encantou e trouxe muitas risadas aos nossos avôs.

Bianca Queda

Um comentário:

Fernando disse...

Eu vou ao circo todas as vezes que tenho oportunidade, gosto muito dos palhaços, da pipoca, da pintura no rosto das crianças, na verdade gosto de tudo me sinto muito bem porque me trás uma sensação de que as coisas podem ser mais simples sem a correria do dia/dia, a necessidade de termos que literalmente correr atrás de alguma coisa que a maioria das vezes nem sabemos o que é. Que o espetáculo nunca acabe. Que esses heróis sobrevivam, nós precisamos, todos nós.