terça-feira, 22 de novembro de 2011

A democracia das classes

Todos brigam por seus direitos e querem melhorias, porém, os benefícios que a maioria deseja nem sempre é em prol de todos, e nos últimos tempos vimos greves de trabalhadores que revindicavam desde aumento do vale refeição a melhorias no piso salarial.

Reconhecendo o ser humano como egoísta nato, corroborando com as palavras de Shopenhauer, em "A Arte de Insultar":

"O motor principal e fundamental no homem, bem como nos animais, é o egoísmo, ou seja, o impulso à existência e ao bem-estar. [...] Na verdade, tanto nos animais quanto nos seres humanos, o egoísmo chega a ser idêntico, pois em ambos une-se perfeitamente ao seu âmago e à sua essência."

Sua ação enquanto bando é para benefício próprio e toda a demonstração de cordialidade e/ou generosidade não haveria não fosse o individualismo como resultado. Considerando esses fatores como naturais dos homens, sem distinção de gênero, analisa-se facilmente as recentes greves que estouraram nos últimos meses.

Durante 28 dias os Correios pararam, funcionários cruzaram os braços e a população tinha que se virar para pagar as contas. O resultado dessa revolta foi uma pilha de cartas atrasadas que deveriam ser entregues, mesmo com a data fora do prazo, e um aumento de R$ 80 nos salários a partir do dia 1º de Outubro.

Os bancários inviabilizaram as apurações na boca dos caixas e sobrecarregaram os eletrônicos com uma greve que também tinha como pauta principal o acréscimo de salário para a classe. Entre as justificativas dadas estava a crítica à estagnação do salário há oito anos. No dia 27 de setembro, os trabalhadores paralisaram suas atividades pedindo que fossem aditados 12,5% a mais no salário, mas ao final das negociações aceitaram 8%.

Além das greves dos professores, que faz com que as férias de estudantes de escolas públicas sejam adiadas, aproximando-se ainda mais das festividades de final de ano, salvo aqueles que optaram por lecionar no sábado, semana passada os Policiais Civis de Santa Catarina também resolveram parar. Os homens da farda preta sentam e esperam por benefícios para distanciar o fardo de terem o quarto pior salário do país da categoria.
E pelo salário mínimo, que influenciaria em todos ,ou melhor, em cada um, quem sai às ruas?

Adilson Costa Jr.

Nenhum comentário: