Está atrasado quem ainda não sonhou com o mundo universitário. E é raro o caso de quem nunca teve um pesadelo porque está lá dentro. O curso superior, assim como o casamento, deve ser fruto de uma escolha bem feita para se chegar à longevidade. Não pode ser resultado de paixão a primeira vista, tem que nascer do amor.
Nada de escolher por impulso, mas pelo questionamento: é isso que eu quero para mim? Era isso que eu queria para mim? Coincidência ou não, são perguntas que também fazemos quando o casamento bate a nossa porta, e isso evita que a separação seja a única alternativa para os problemas.
Segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 comecei o sonho universitário. Próximos de mim 37 colegas se conhecendo. Entrávamos com muito fôlego no curso de jornalismo, contrariando a lei e a lógica.
Nada de uniforme no peito como acontecia no ensino médio. Apenas os encostos das cadeiras faziam-nos lembrar que estávamos dentro da universidade. Era azulado o símbolo, se não me engano, da Unisul.
Hoje, 20 daqueles humanos, incluindo Sebastião, Francisco e Pádua, dão sequência ao sonho. Está certo que para seus bolsos é um pesadelo. Afinal, eles perguntam por que pagam R$ 1000,00 mensais para conquistar o diploma de uma profissão que o dispensa? Ao menos nas empresas, já que depois de votação, que presenciei na Assembléia Legislativa, em 30 de março, ele voltou a ser exigido no setor público. O mesmo serve para os sonhadores que desejam trabalhar no Rio Grande do Sul desde maio de 2010.
Fora da universidade e, decididamente, a fim de ingressar em uma pública, Thaís Baracuhy está no segundo ano do ensino médio, e alimenta sonhos:
“Irei prestar Jornalismo. Essa escolha deve-se a minha vontade de expressar minha opinião, criticamente. Além de ser um curso com amplos conceitos e diferentes parâmetros de atuação, tem um amplo mercado com diferentes possibilidades”, explica.
Em 14 de setembro deste ano, a Unisul promoveu o Café com Passaporte. Uma iniciativa de marketing que pretendia acolher os diretores das escolas próximas à universidade, e consequentemente, aos alunos deles. O evento foi realizado na Grande Florianópolis, Tubarão e também em Araranguá. Além disso, os jornais veiculados nessas regiões, e vários outdoors nessas cidades divulgam as formas de ingresso. E daí?
“Gostaria de prestar jornalismo na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), pois além do reconhecimento de passar em uma Universidade Federal, ela também possui um ótimo curso”, conta Thaís.

Nícolas David
2 comentários:
Esse casamento com a Unisul é meio conturbado, cheio de altos e baixos, mas não posso dizer que não tem amor também. Bom texto!
Então, estava lendo sua descrição, parafraseando-a: "vai de Marte para Vênus em segundos." Isso significa q vc eh bi? E outra pergunta, não foi vc mesmo quem se descreveu?
D.
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