sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mini-biografias não-autorizadas

O Faísca


Pelado, pelado, duro com a mão no bolso
Caetano Veloso nasceu em Santo Amaro, Bahia, nos idos de 1942. É um cantor e compositor brasileiro. Na década de 70, fez uns freelas no jornalismo, participando do mais importante jornal da história da imprensa brasileira, o Pasquim, um semanário que por vocação combatia inteligentemente a "inteligência" da Ditadura. Caetano participou também do Movimento Tropicalista da Música Brasileira (MTMB), e agora é só membro da Música Popular Brasileira (MPB) e musicalmente está ofuscado por Michel Teló, Luan Santana e outros gênios nacionais. Sendo assim, precisa dar seus pitacos em polêmicas nacionais para não sair das páginas dos jornais. Frase célebre: "é proibido proibir". Música chiclete: "gosto muito de você leãozinho..." Burrada nacional: estar a favor da proibição das biografias não-autorizadas.


Esse cara sou eu!
Roberto Carlos nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, nos idos de 1941. Jamais combateu a Ditadura Militar e nunca escreveu para jornal nenhum. É amigo e não irmão de Erasmo Carlos (o tremendão). Compôs músicas muito legais, mas não consegue atualizar seu repertório. A Rede Globo, que por sinal nunca combateu a Ditadura também, promove todo final de ano um especial com os sucessos do cantor, para que o povão não se esqueça das músicas geniais e alienadas do "Rei" (A alcunha está entre aspas por razões editoriais). Roberto tem parceria com a Floricultura Perna de Aço, onde compra suas rosas para arremessá-las ao público feminino em seus shows. Frase célebre: "Nossa Senhora, me dê a mão, Cuida do meu coração". Música chiclete: "O calhambeque, bip, bip, quero conservar o calhambeque..." Burrada nacional: estar a favor da proibição das biografias não-autorizadas.


Sou um leque de possibilidades.
Dinheiro. Ah... o dinheiro. Todos o conhecem. Poucos o dominam. No Brasil, a última reforma dinheirística foi em 1994, quando aqui ele virou Real. No mundo, ele é disputado em bolsas, bolsas de valores. O dinh eiro é o mal necessário. Nos dias de hoje, se você for um artista intelectualmente bem conservado, você não pode tê-lo em demasia, você ficará "pelado, pelado, duro com a mão no bolso". Se for político, pode tê-lo aos montes, guardá-los nas cuecas, ou em outros cofrinhos. Se for jogador de futebol então, o dinheiro sobra. Dinheiro é uma das palavras mais universais de que se tem conhecimento. O problema é que dinheiro na mão é vendaval. Frase célebre: O dinheiro não só fala, como faz muita gente calar a boca. Música chiclete: Não quero dinheiro, Quero amor sincero, Isto é que eu espero, Grito ao mundo inteiro, Não quero dinheiro, Eu só quero amar, só quero amar, só quero amar. Burrada nacional: ser o pivô das discussões sobre biografias não-autorizadas.

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