quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tempo, línguas e lugares

O relógio marcava meio-dia quando a neve começou a cair. Pela janela era possível ver aqueles minúsculos pedacinhos brancos de gelo encobrindo as árvores, carros e os telhados das casas. Uma fina chuva completava o cenário e dava à sensação térmica alguns centígrados negativo.

As ruas de Londres não têm aqueles enormes relógios que marcam os graus e as horas. Para os londrinos, o Big Ben é a o mais exato relógio que se precisa encontrar na rua e a temperatura não importa tanto, já que se espera frio e chuva praticamente todos os dias durante o inverno.

14 de janeiro de 2013. Desembarcamos às 18h no Hethrow Airport. Um turco, com o nome impossível de entender ou decorar, esperava na saída. Apesar dos dez anos em Londres, os sotaques se misturam e os costumes também.

Ele sabe tudo sobre cada região da cidade, onde andar, os melhores pontos turísticos, os lugares mais baratos, como abordar as pessoas para pedir informações e avisa que é preciso ter cuidado, porque embora Londres seja muito segura, sempre é bom prevenir.

O motorista turco, já andou com alguns brasileiros. Entre eles, o Estopim e um grupo de jornalistas da Sport TV - durante as Olimpíadas de 2012. Ele pergunta se nossa língua é parecida, ou igual, ao espanhol e algumas coisas sobre o Rio de Janeiro.

Aqui, o Brasil é conhecido pelo Rio de Janeiro, assim como a Turquia por Istambul. Apesar de nenhuma das duas cidades serem capital, ambas são, assim como Londres, cidades cosmopolitas.

Os guias de turismo já avisam, e mesmo assim, essa informação é quase ignorada para quem deseja conhecer a Londres turística. Os nativos se escondem. Exceto nos horários de picos, 9h, 12h e 18h, não se vê nas principais ruas de Londres seus moradores.

As línguas se misturam entre chineses, japoneses, árabes, turcos, mexicanos e brasileiros - muitos brasileiros. Rua Eccleson Square, número 56. Há cinco minutos da Victoria Station, a escola de idiomas Eurocentres concentra todas essa línguas em suas salas.

Com tanta cultura diferente convivendo em um mesmo espaço, o inglês deixa de ser apenas uma segunda língua e passa a ser uma chave de conhecimentos.

Algumas curiosidades:
  • Por £116 você pode andar de trem, ônibus e metrô, por um mês, o quanto desejar. Os créditos não acabam.
  • A maioria das pessoas que andam de bicicletas pelas ruas param nos sinais. Isso é realmente incrível. O respeito e a paciência nos trânsito é de causar inveja a qualquer brasileiro. Sem filas quilométricas, buzinas ou motoboys cortando sua frente.
  • Na Boots, a principal rede de farmácia daqui, não há caixas. Você mesmo passa e paga suas compras em máquinas iguais a dos caixas.
  • Os caixas eletrônicos ficam na rua. Não há necessidade de passar por aquelas portas irritantes que travam ao detectar qualquer metal, só para sacar algumas notas. Praticidade e rapidez.
  • O centro da cidade é absurdamente limpo. Quase não se encontra lixo no chão, e, o mais curioso, lixeiras na rua.




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