segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O jornalista e o cobrador

Os meios são diminuídos

Trocador, cobrador, recebedor, moço da catraca qual adjetivo você queira usar para o cara que recebe seu dinheiro em troca de seu deslocamento, a proposta aqui é assimilá-lo com a imagem do jornalista e tecer um tênue cordel, que parece não ser encantado e sim em mau bocado. O tack tack das redações pouco tem a ver com o barulho oscilante dos ônibus, as feições são nada similares, as maneiras ainda menos, o que aproxima as castas é a situação enquanto profissional, o parâmetro que esta se encaminhando para sua profissão. 

Sabe-se que o diploma para exercer a profissão de jornalista caiu, mas não é este o caso, pois para ser um trocador/cobrador não é necessário ensino superior. O desdém para com essas duas formas de emprego é evidente e é eminente desvalorização com o passar do tempo. A menos valia chega com a tecnologia que hoje é capaz de substituir o homem sentado de lado no ônibus nosso de cada dia e esta depreciação, por conta das Indústrias Techs and Chics, acontece também no meio dos Hard News, já há computadores que fazem matérias basta por os coeficientes numéricos que corresponderão às estatísticas. 

Encaminhamos para auto-sustentabilidade, acabando com os mediadores entre o sujeito e seu interesse: “ Estamos conseguindo por nós mesmos, não dependemos mais de ninguém, somos “livres”. 

Isso acontece nos transportes com o bipe da maquina nos ônibus e com a ideia dos proprietários de grandes empresas em ter jornalistas que produzam um conteúdo noticioso “conveniente”. Já há revistas financiadas por marcas as quais dos mais diferentes tipos e seguimentos que exemplificam bem forma direta de comunicação, mas o fato que escancara isso de vez é a criação das tevês de cada clube. 

Não preciso mensurar o prejuízo que traria uma generalização deste conceito para saber que não trará nenhum benefício no já defasado aspecto democrático da comunicação.

Adilson Costa Jr

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