Amores, sabores, direitos e deveres
Tudo fica para o dia do amanhã
Aquele fatídico dia que nunca vem
Sempre haverá amanhã enquanto se vive
Mas mesmo assim, o amanhã nunca chega
É sempre assim, todo dia é assim
E sempre será, se nada mais começa
Acendo um, apago outro
Gasto mais uma noite olhando pela janela
Luzes parecidas com pequenos pontos
A mesma casa, a mesma cela
Medo de sair, receio de voltar
Prefiro dormir e não pensar em nada
Problemas vem sempre para ficar
Desistir não significa parar para repensar
Na TV a tela escura que reflete meu olhar
Sei que devia fazer hoje o que é de hoje
A cadeira gira, como um peão à rodar
Insistindo para que eu deixe tudo pra depois
Um depois que nunca vem... e nunca veio.
Felipe Kowalski
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