Do meu papel
pouco sei fazer,
das muitas vezes me perco
naquilo que quero escrever
Queria um texto bonito,
cheio de pompa e graça,
mas ao mesmo tempo inciso,
para suas mentes esparsas
Quem sabe permear
um pouco da natureza do ser?
E tentar com sentidos elucidar
os agouros de se viver.
Talvez fizesse crônica,
de álcool, putas e lágrimas,
ou divagações platônicas
entre os desabares de minh'alma.
Mas de todas essas lamúrias
nada sei o que fazer
pois além de minhas luxúrias
dizem que devo pensar em quem vai ler
Tenho mesmo é desejo de dramas.
Mas para os romances há barricadas.
Um toque de lirismo e reclamas,
leitor de falsas trovadas.
Preguiçoso.
É tudo que tenho-lhe hoje a dizer.
Não fazes nenhum esforço
para tentar algo compreender.
Da objetividade cria sua virtude
para o máximo sorver.
Porém, vai assim amiúde,
engolindo qualquer parecer.
Esqueces de pensar,
meu caro espectador,
e acabas assim por minimizar
o texto em seu langor
...Queres saber?!
Some-te de minhas vírgulas!
Não é para ti!
Nem tente agora entender.
O poema já acabou.
Vai! enxota-te daqui!
Gessony Pawlick Jr.
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