A tradução para o português da expressão “serial killer” significa assassino em série. São perfis psicopatológicos, que têm como característica o mesmo modo de cometer os crimes, sendo conhecidos até por apelidos (o Maníaco do Parque é um exemplo). Além da frequência e dos detalhes na execução, o que mais choca é a normalidade com que lidam com suas próprias atrocidades.
Na maioria dos casos são cidadãos respeitados, membros ativos das comunidades, interessantes e bem sucedidos. Entretanto, por trás de uma pessoa agradável socialmente, vive um criminoso sedento por obter mais vítimas. O comportamento na infância circula no conhecido Tríade de Sociopatia: maltratam animais, causam incêndios, tem comportamento homicida, além de problemas urinários. Usam as mãos para matar, preferindo não utilizar armas de fogo.
A “família” de Charles Manson (composto por mais de 50 pessoas) foi responsável por uma série de crimes cruéis da década de 60 e 70. Acostumados a sobreviver fazendo furtos e roubos, o grupo mudou-se, em 1968, para um rancho onde se estabeleceram definitivamente. Entre seus assassinatos, estão a da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski, e do rico casal La Bianca. Sharon estava grávida de oito meses quando foi morta em sua casa, no dia 9 de agosto de 1969. Além dela foram assassinados o amigo do caseiro Steven Parent, Abigail Folger, seu namorado Wojciech Frykowski e o famoso cabeleireiro Jay Sebring. Na parede da casa foi escrito a palavra “Pig” (porco) com o próprio sangue das vítimas.
“Eu nunca pensei que fosse normal. Nunca tentei ser normal. Eu não sei nada sobre o que é ser normal. Passei a minha vida inteira na cadeia, cara.” Charles Manson, em uma entrevista concedida a um programa de TV, no ano de 1981.
Jack Estripador também foi um símbolo, talvez o mais conhecido, de um serial killer. Atuava no distrito de Whitechapel, em Londres, na segunda metade de 1888. Suas vítimas eram sempre prostitutas. Mutilava seus corpos e cortava suas gargantas, além de levar alguns órgãos das vítimas. Constataram possuir conhecimentos cirúrgicos e anatômicos, já que seus cortes eram perfeitos e precisos. Nunca se soube realmente quem foi “jack estripador”, apesar de detetives, historiadores, autores e amadores pesquisarem incansavelmente a respeito. A partir de então surgiu a lenda que trouxe filmes como “Do Inferno” aos cinemas.
“Prezado Chefe,
Continuo ouvindo que a Polícia pegou-me (...). Sou severo com prostitutas e não pararei de estripá-las até ser afivelado. O último trabalho foi uma grande obra. (...) Amo meu trabalho e quero começar novamente. (...) Atenciosamente, Jack, O Estripador”
Não só de homens é feita a lista de psicóticos. Jane Toppan, nascida em 1854, é considerada umas das maiores assassinas em série do mundo. Matou cerca de 31 pessoas, abusando sexualmente delas quando estavam perto da morte. Utilizava do envenenamento, usando drogas fortes para dopá-los e assassiná-los. Sua maior ambição era matar a maior quantidade de pessoas que já se imaginou, mas não conseguiu o feito. A marca ficou com Gilles de Rais, capitão militar dos exércitos de Joana D’arc, que depois de enlouquecer matou mais de 200 pessoas. Jane Toppan morreu em 1938, depois de ser inocentada por razões de insanidade mental e sentenciada à internação em um sanatório pelo resto da vida.
A lista de serial killers é grande e assustadora. Crimes como arrancar peles das vítimas, degolá-las, guardá-las e até usá-las como ornamentos decorativos chocam quem as lê. A insanidade de mentes assombrosas como a desses e tantos outros assassinos é algo que até hoje permanece em nossa incompreensão.
“A prisão está na sua mente, cara, como você bem sabe. Se me perguntam ‘Você está preso?’, eu digo ‘Não, eu simplesmente estou aqui.” Charles Manson
Rafaela Bernardino
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