No começo desta semana, a Presidente Dilma Rousseff teve seu terceiro encontro, desde que assumiu o cargo de chefe de estado, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Na visita, Dilma assinou acordos bilaterais durante os dois dias de viagem a Washington, discutiu temas mundiais e até intimou o presidente americano com relação à Cúpula das Américas.
Os dois presidentes se comprometeram a aumentar a cooperação para que os brasileiros possam ir aos EUA sem visto territorial americano, facilitando a entrada no país, já que nós estamos gastando cada vez mais com a alta de 250% de consumo no começo deste ano. Obama estendeu essa cooperação entre os países, criando dois novos consolados americanos em Belo Horizonte e Porto Alegre.
Os líderes discutiram também temas globais como situação do Oriente Médio, porém, não houve discussão específica sobre o Irã, afinal, os países tomam posições divergentes a respeito desse assunto. Sobre os tópicos da Cúpula das Américas, a presidente comunicou que será a última fez que a Cúpula acontecerá sem a participação de Cuba, pois todos os países da América Latina têm relações comerciais com a ilha, e sua presença se faz necessária.
Dilma criticou a política econômica que os países ricos estão adotando perante a crise mundial, pois os países do hemisfério norte estão inundando o mercado de dólares e valorizando a moeda local dos países em desenvolvimento, como o Brasil, prejudicando as exportações, principalmente com os EUA, que desde 2003, já vem diminuindo a demanda de produtos brasileiros. Isso é consequência da péssima política do ex-presidente Lula com o mercado americano que custou o déficit da balança comercial em relação aos EUA, maiores consumidores do globo e que, agora a presidente Dilma tenta retomar com grande dificuldade, como foi perceptível que não houve nenhum entrosamento sincero na parte pública do encontro.
A agenda poderia ter sido mais incrementada, por mais que a presidente tenha visitado as universidades de Harvard e a sede do MIT- Massachussets Institute of Technology, dois centros de excelência em ensino - por coincidência, chefiados por mulheres, para apresentar o programa “Ciência sem Fronteiras”. O cancelamento docontrato com a Embraer, no valor de US$ 355 milhões, para fornecimento de 20 aviões do modelo Super Tucano, nem se quer foi mencionado, e isto, é um assunto de tamanha importância para o Brasil, e não poderia ter sido ignorado da maneira que foi.
Mas, entre mortos e feridos, brasileiros e americanos se saíram bem, alguns analistas dizem que a visita foi pragmática, outros, que era apenas uma visita de cotidiano. Os dois governos avaliaram o encontro como positivo. Em semana pós-páscoa, acredito que os brasileiros possam ficar aliviados de não termos trocado coelho por lebre nos EUA.
Bianca Queda
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