A Lei nº 7.853/89 e o Decreto nº 3.298/99 de caráter diceológico, garantem a integração da pessoa portadora de deficiência na sociedade. Foram criadas, por isso, as normas de acessibilidade para deficientes. Essa lei é direcionada para ser aplicada em locais públicos, como universidades, escolas, banheiros públicos e comércios. Como a porcentagem de vagas de estacionamentos em locais públicos e privados, 2%, o número de sanitários adaptados.
Atualmente é comum pensarmos que, com a conquista do espaço social, as necessidades das pessoas com menos mobilidade foram contempladas. Afinal, é comum encontrarmos vagas em estacionamentos de bancos, supermercados, para deficientes, alguns declives nas instalações de calçadas e avenidas. Porém, além de eles serem ainda muito precários estes lugares não são devidamente respeitados e resguardados para quem realmente necessita.
A estudante da 3º fase de Letras - Espanhol da UFSC, Fernanda Nunes, é a prova viva de como a infraestrutura nas universidades e até em lugares públicos ainda são inacessíveis para os cadeirantes.
"A acessibilidade tem melhorado, mas está longe de ser o ideal. Faltam rampas descentes, banheiros melhores adaptados, respeito maior das pessoas. Quando o lugar é difícil de acesso eu não vou, eu já opto por não ir para não ter transtorno" explica.

"Os carros estacionados na frente das rampas geram atrasos na minha vida, porque é complicado 10 minutos de intervalo, até que a gente saia faça um lanche volte para sala e ainda tem a complicação do carro atrapalhando a passagem, que já não é muito boa, não dá."A estudante esse semestre também está enfrentando outro problema de acessibilidade, a mudança duas vezes por semana de sala- essas que já são pequenas para suprir as necessidades dos cadeirantes, como necessita de mesa especial que não há em todas as salas as colegas tem que ajudar no translado, carregando a mesa pelos corredores da Universidade.
"Neste semestre eu tive o azar de trocar de sala em uma das aulas, então tenho todo um transtorno para chegar na próxima aula a tempo, as meninas tem que me ajudar. As salas são minúsculas, não só para mim, mas para todo mundo, minha mesa é um pouco maior que a dos demais, ocupa o espaço praticamente de duas cadeiras. A salas não precisam ser gigantes mas pelo menos um padrão que as pessoas possam respirar e se movimentas com tranquilidade, sem estar chutando e batendo em ninguém".
Os elevadores são outro problema a enfrentar, muitos alunos sem necessidade usam os elevadores e não respeitam os cadeirantes, ou apertam os para não pegarem as escadas. Mesmo assim Fernanda não desanima, com o sonho de trabalhar no consulado, a jovem escritora está finalizando seu primeiro livro, um romance que levanta questões sociais como adoção e a deficiência física, acredita que muitas coisas possam ser melhoradas dentro do campus em que estuda.
"Quero dar uma consciência social no livro, mostrar que essas pessoas também tem vida"

Se há a lei, há reconhecimentos delas, a acessibilidade é essencial para todos que precisam. As leis de direito deveriam ser asseguradas pela sociedade. A manutenção dos meios de passagem, investigações dos setor acadêmico responsável são essenciais.A questão é "acessibilizar" a defesa de direitos e a promoção da cidadania
Crédito das fotos 01. 03 e 04: Bianca Queda
Foto 02: Kamyla Fernandes Vitorino
Bianca Queda
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