Todos os membros da Patota estavam falando abrobrinha demais. Diante disso, decidimos folgar e ocupar professores de jornalismo, publicidade, cinema e até de psicologia para escrever abrobrinhas por nós. Os resultados desse irresponsável planejamento não foi percebido nem mesmo na edição e cabe ao leitor aplaudir, ou parabenizar o que vem por aí. Sim, certamente, a seleção foi criteriosa. Chamem os bombeiros em caso de incêndio, pois existe ainda mais indivíduos envolvidos nessa balbúdia denominada Estopim.
A Patota
Maria do Rosário Stotz
Como é difícil digerir o gosto amargo do fracasso! Fracasso que toma a alma, que invade o corpo e me coloca em xeque.
Fracasso – significante pesado que por vezes preferiria não ter que enfrentar.
Mau êxito que me diz que tentar não me garante o sucesso.
Tropeço que me joga no chão.
Malogro que me faz chorar.
Vejo o estilhaçamento de meu ser e às vezes minha voz interna que garante: Idiota!
Prostrada entre minhas verdades a vontade é desistir – des existir – deixar de existir.
Não seria mais fácil “fazer de conta”, me encapsular em uma história de “boa moça” e alegar que o mundo conspira contra mim?
Talvez fosse mais conveniente mentir, omitir, não me comprometer...
Pode ser que doesse menos ficar com a janela fechada, olhar apenas para meu próprio umbigo e deixar a vida correr ao largo...
Quem sabe choraria menos se mantivesse o sorriso sonso e me curvasse frente à mediocridade...
Afinal o que importa? Meus ideais? Meus valores? Minha história? Ou me enganar que sou socialmente aceita?
Mas o que é fracasso?
Fracassar é tentar. Fracassar é insistir. Fracassar é dar a “cara a tapa”. Fracassar é saber que não sou dona da verdade. Fracassar é me expor.
Fracassar é “ter vergonha na cara”. É se comprometer com a vida e principalmente com a minha vida, com meu papel nesse mundo.
Só os corajosos fracassam, porque os corajosos tentam mesmo quando não tem garantias. Só os corajosos admitem que erram e podem se levantar e insistir novamente. Podem ser flexíveis e rever seus conceitos. Só os que fracassam experimentam e só porque fracassaram muitas vezes podem alcançar seus objetivos.
Nem só os que fracassam chegam ao sucesso, existem outros caminhos possíveis. Mas só os que se permitem correr o risco de fracassar e se mantém verdadeiros com seus ideais e valores podem sentir o gosto da vitória sincera.
Vale a pena correr riscos. Vale a vida alguns fracassos. Vale ser corajoso e fracassar. Vale muito ser corajoso e ter um bom êxito, nas grandes situações, nos pequenos desafios, apenas em mais um dia.
Os corajosos “acordam para a vida” todas as manhãs.
Maria do Rosário Stotz
Um comentário:
Excelente!
Postar um comentário