Cena do documentário "O pior lugar do mundo para ser gay",
de Scott Mills, filmado na Uganda. |
Primeiramente refuto a ineficiente ferramenta de inserção de
vídeos do Blogger e por isto, posto o link crú, o que acho anti estético.
Devido a isso divulgo o link do documentário realizado pelo DJ britânico Scott
Mills , para a rede BBC de
Londres.
Parte do texto introdutório do documentário, narrado
pelo senhor Mills fala para quem não sabe, que lá na longínqua Uganda a
homossexualidade é ilegal. Espancar e torturar é uma das penas que algumas
pessoas podem "receber" caso sejam homossexuais. Queimar vivo, também
é uma das sugestões para um homossexual, pelo mero fato de gostar de outro ser
de mesmo sexo...
Em meio a várias atrocidades, a perplexidade de Scott era
evidente. Creio que ele deveria vir a América Latina, considerar, ou melhor
comparar. Temos democracias mais maduras que a do país africano. O Uganda teve
a independência da Grã-Bretanha em 9 de outubro de 1962. Fingiremos neste
artigo que não houveram varias ditaduras cristãs e não de ambos lados do oceano
que separa os continentes, outrora unidos...
Milhares de anos atrás o Homo-Sapiens e o Homo-Erectus
conviverem com os Neandertais, uma espécie do xénero Homo (Homo
neanderthalensis) que habitou a Europa e partes do oeste da Asia há 230.000 e aproximadamente 29.000 anos (Paleolítico Medio e Paleolítico
Inferior, no Plistoceno).
Nessas épocas ter a vida ceifada por ser diferente já
ocorria com os homos... Neandertais... Segundo algumas tese, os hominídios
evoluíram tal qual os conhecemos no continente africano, e daí foram
desbravando o mundo, enquanto os antecessores neandertais sucumbiam
naturalmente por desafios climáticos. Mas existem teses que dizem que eles por
resistirem a dominação escravagista dos Homo Erectus e Homo Sapiens foram por
estes exterminados.
No início desse mês, no finíssimo bairro de Ipanema, no Rio, um
morador de rua quase foi enterrado vivo, então pensemos. Será que estamos muito longe
da Uganda no quesito intolerância? Não faz muito, no metro quadrado mais cara do
continente, um jovem foi aferido com golpes na cabeça, por ser homossexual, em
que o agressor flagrado por câmeras de segurança usava lâmpadas fluorescentes.
Estas que se esfacelavam no rosto da vítima.
Seguindo o documentário londrino, vá a um bairro segregado
de condições básicas de higiene, lá vivem seis pessoas que foram excomungadas
e banidas pela própria família. Uma delas foi capa de um dos jornais que
incitam a população deste país africano a denunciar amigos e parentes
homossexuais. Ela, que por amigos e parentes foi apedrejada, teve de fugir de
sua própria casa para salvar sua vida.
A típica piada das profissões pre-destinativamente, ou
pre-destinadas ao grupo dos LGBTS, aqui ainda são um pouco mais amplas.
Cabeleireiros, prostitutas, blé, blé, blé... Lá, por já ser crime a
homossexualidade, nem isso. Bem, neste ponto se está melhor por cá. Ainda
restam além da marginalidade 4 ou 5 profissões para os homossexuais.
Mas ainda há muitas mais similaridades entre Brasil e Uganda. Um
alto percentual de cristãos no poder, por exemplo. Pastores evangélicos
declarando abertamente que a homossexualidade é uma doença e que podem oferecer
como opção a cura. E que como um vírus, o comportamento público da sexualidade
não hétero pode influenciar outras pessoas que irão imitar essa abominação. Ou
seja, ou pena de morte, ou tratamento psicológico, ou espiritual...
Em algo o Brasil difere, têm um índice inferior de
analfabetos e superior de IDH. Será que isso fará a diferença por estes lados
do Atlântico Sul? Esperemos os novos dados oficiais brasileiros sobre
assassinatos por homofobia...
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